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Entre os 20 e 40 anos

Diagnóstico de esclerose múltipla é mais comum em mulheres economicamente ativas

Redação Bonde com Assessoria de Imprensa
19 jun 2017 às 17:30

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- Reprodução/Arquivo
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A Esclerose Múltipla é uma doença crônica, autominune, degenerativa e sem cura, que afeta o sistema nervoso central e atinge cerca de 35 mil pessoas no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla – ABEM. Entre os diagnosticados, três em cada quatro são mulheres. O mais preocupante é que quando se fala sobre doenças predominantes na população feminina, a incidência da esclerose múltipla é pouco abordada.

As primeiras manifestações acontecem na fase em que a mulher está mais ativa e produtiva, entre os 20 e 40 anos. O grande desafio é diagnosticar precocemente este distúrbio neurológico, já que os sintomas são pouco específicos.

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A esclerose múltipla se apresenta sob duas formas, a mais predominante, a remitente recorrente, ocorrendo em torno de 70 a 80% dos casos, caracteriza-se por exacerbações seguidas por melhora parcial ou total dos sintomas. A outra forma, menos prevalente, porém tão ou igualmente devastadora, é a forma progressiva, onde o paciente não apresenta surtos, mas uma progressão constante ao longo do tempo.

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O motivo da doença atingir às mulheres com mais frequência, vem sendo analisado há anos. Estudos baseados nos sintomas relatados por mulheres durante o período menstrual, gravidez e menopausa evidenciaram que os hormônios sexuais têm relação com a doença. Além disso, pesquisadores mostraram que as mulheres apresentam menos vitamina D do que os homens, o que explicaria a incidência aumentada nessa população.

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Para Dr. Fernando Figueira, chefe da neurologia do Hospital São Francisco na Providência de Deus, no Rio de Janeiro, ainda faltam argumentos científicos que expliquem os altos números entre as mulheres, mas a grande preocupação ainda está na detecção da doença. "Quando os primeiros sintomas aparecem, muitos pacientes confundem com estresse e indisposição. No caso das mulheres, a hipótese são as oscilações hormonais, o que dificulta o diagnóstico e o início do tratamento", explica Dr. Figueira.


Entenda
No mundo, há pelo menos 2,5 milhões de pacientes com esclerose múltipla, doença que atinge sistema nervoso central, causando lesões na comunicação entre o cérebro e o corpo. O distúrbio se manifesta de formas diferentes, dependendo de onde estão as lesões, que são aleatórias e ao acaso, causando diversos sintomas. Entre eles a perda ou borramento da visão, dores, fadiga e comprometimento da coordenação motora e locomoção.

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De acordo com Dr. Figueira, estes surtos acontecem de acordo com a gravidade da doença. "Há pessoas que demoram muito tempo para apresentar sintomas, outras buscam investigar quando há uma recorrência e até uma sequela. O ideal é que ao sentir que algo está diferente, procure fazer um ‘check up’ e, se os sintomas persistirem, um neurologista". A esclerose múltipla é diagnosticada apenas com a ressonância magnética; porém, os sintomas não acusam alterações em exames de rotina, como análises do sangue e ultrassons.


Alguns dos sintomas mais comuns da doença são confundidos facilmente, por isso, eles podem e devem ser investigados. São eles:

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Dificuldades motoras
Uma das manifestações mais comuns é a dificuldade motora, que vai desde a dificuldade em fazer movimentos rápidos, problemas de coordenação e até fadigas musculares. Muitos portadores chegam a ter as extremidades, como braço ou pernas, totalmente paralisadas.


Alterações sensoriais
Os distúrbios sensoriais como sentir dormência ou sensações de aperto, podem ser confundidos com estresse ou ainda com uma lesão muscular decorrente de exercício físico ou mau jeito dado ao longo do dia.


Visão turva
As alterações no nervo óptico, o responsável por encaminhar a informação visual para o cérebro, também podem ser ocasionadas pela esclerose múltipla e provocar diversos sintomas no paciente como visão turva, ponto cego, até dores nos olhos e perda da visão por um curto período.

Incontinência urinária
Quando a esclerose múltipla afeta a comunicação da bexiga com o cérebro, é comum que o portador não sinta vontade de ir ao banheiro e acabe com um quadro de incontinência urinária.


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