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Diabéticos devem ter cuidados especiais com os pés?

19 out 2012 às 15:24

O diabetes é uma doença que se caracteriza, principalmente, pelos altos níveis de glicose no sangue, que não consegue ser aproveitada como fonte de energia e se acumula no sangue circulante. A glicose, que é fundamental para o bom funcionamento do corpo, quando em excesso no sangue, torna-se tóxica. Isso significa que ao longo do tempo e dependendo de outros fatores, o diabetes alto pode levar a lesões nas artérias, vasos que levam sangue para todo o organismo.

A depender de qual órgão tiver a circulação mais afetada, aparecem as já conhecidas complicações do diabetes: infarto, se for a circulação do coração; derrame, se for a cerebral; insuficiência renal e cegueira, se forem afetadas a microcirculação dos rins e olhos, e assim por diante. E uma das graves complicações circulatórias do diabetes é o chamado pé diabético.


O pé diabético engloba alterações que podem aparecer nos membros inferiores dessas pessoas por dois principais motivos: primeiro, se os nervos dos pés ficam doentes, o que pode causar redução da sensibilidade, sensação de amortecimento, queimação, formigamento e pontadas. A pessoa pode, inclusive, se machucar, pisando em pedras e cacos, e não perceber.


O diabetes também pode acometer a circulação dos pés, o que pode levar a pés frios, dor e queimação ao caminhar e alterações da pele, unhas e pêlos. A cicatrização fica prejudicada, pois o sangue não chega devidamente para o processo acontecer. Em resumo, as pessoas com pé diabético têm risco maior de machucar os pés e podem ter dificuldades com o processo de cicatrização.


Isso aumenta muito o risco de infecções, que são causas frequentes de amputações. Devido a esses motivos, a pessoa com diabetes deve cuidar muito bem de seus pés, com inspeções diárias, mantendo-os secos e limpos, protegidos por um calçado fechado, macio e confortável, além de ter extremo cuidado com o tratamento de calos, unhas encravadas e outros. Se não tratados por um profissional especializado e experiente, pode levar a complicações sérias. Todas essas decisões devem ser individualizadas e tomadas sob supervisão do seu médico.

Guilherme F. Marquezine, endocrinologista®MDBO¯®MDNM¯


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