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A cefaléia ou a dor de cabeça é o tipo de dor mais frequente nas crianças e habitualmente representa uma preocupação para pais e familiares. Normalmente, a angústia reside no temor de que a criança tenha uma doença grave e esta é a grande questão levantada pelos pais quando procuram um médico.
Em primeiro lugar, devemos salientar que cefaléia é um sintoma concomitante a várias patologias gerais, tais como infecções leves, distúrbios oftalmológicos e até mesmo graves problemas neurológicos, como tumores cerebrais ou outras causas.
Entre estes extremos encontra-se a enxaqueca, que é a cefaléia crônica mais frequente na infância e que apresenta suas características e prognósticos próprios, além do fator genético envolvido, em que geralmente um dos pais, ou ambos, possuem também enxaqueca.
Devido às inúmeras causas de cefaléia, apenas o médico, baseado na história clínica e no exame físico, poderá chegar a um diagnóstico e a um tratamento. Na maioria das vezes, as cefaléias nas crianças são benignas e não requerem exames complementares como tomografia ou ressonância magnética.
Flávio Henrique Bobroff da Rocha, neurologista