Grande parte dos homens, após os 60 anos, desenvolve um aumento da glândula prostática, disfunção conhecida como Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) - tumor benigno mais comum nesse segmento da população.
As causas da doença não são completamente esclarecidas. Aparentemente, múltiplos fatores contribuem para o aparecimento da HPB, sendo os mais comuns a idade, fatores genéticos e endócrinos. A HPB ocorre por uma proliferação exagerada das células da zona de transição da próstata, região próxima à uretra.
Entretanto, o aumento da próstata, avaliado usualmente por toque retal e ultrassonografia, não necessariamente implica na presença de sintomas urinários. Estes sintomas ocorrem apenas em condições específicas e dependem de outros fatores como doenças associadas, atividade diária e ingestão hídrica.
Nos casos mais sérios, quando a doença comprime a uretra e provoca retenção urinária, a cirurgia se faz necessária, a fim de proporcionar qualidade de vida ao paciente.
Os métodos cirúrgicos que, tradicionalmente, têm apresentado melhores resultados são Ressecção Transuretral Convencional da Próstata (RTU), no qual a próstata é retirada através da uretra em fragmentos por um bisturi com passagem de corrente elétrica, e a Prostatectomia Supra Púbica, cirurgia convencional aberta realizada por uma incisão abdominal acima do osso púbico.
Existem novos tratamentos, como o laser Green Light, que tem mostrado resultados tão eficientes quanto os métodos tradicionais, com vantagens em relação ao tempo de internação e de recuperação pós-operatória, pois é um procedimento ambulatorial.
O tratamento com o Green Light representa um avanço para os pacientes que fazem uso de drogas anticoagulantes ou ácido acetilsalicílico, como por exemplo, os cardiopatas - não há necessidade de se suspender o uso do medicamento para realização da cirurgia.
Oskar Kaufmann, especialista em cirurgia robótica em urologia (São Paulo)