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Como se detecta a falência ovariana?

08 dez 2012 às 11:19

O termo ''falência ovariana'' refere-se à perda da capacidade reprodutiva do ovário, ou seja, ele deixa de produzir óvulos e também os dois principais hormônios da mulher: estrogênio e progesterona. Isso é um fato normal, fisiológico, quando ocorre entre os 45 e 55 anos de idade.

As consequências, além da capacidade de procriar, são os chamados sintomas climatéricos que a falta do hormônio estrogênio determina: ondas de calor, dores de cabeça, insônia, irritabilidade, melancolia, secura vaginal, dores nas relações sexuais, perda involuntária de urina, ardência ao urinar, maior risco para doença cardiovascular e osteoporose (perda de cálcio nos ossos).


Além disso, a mulher passa por um período de irregularidade menstrual até a parada completa das menstruações. A última menstruação de uma mulher é denominada menopausa, e é definida quando ela fica um ano sem menstruar.


Quando a falência ovariana ocorre antes de 40 anos, ela é dita precoce. Isso pode ocorrer por fatores genéticos, auto-imunes (quando ocorre produção de proteínas de defesa, os anticorpos ou células de defesa que agridem os próprios ovários), cirurgias nos ovários ou tratamentos de radioterapia ou quimioterapia. Mas isso nem sempre é irreversível; de 5% a 10% dos casos retornam ao normal espontaneamente, podendo até engravidar.


A falência ovariana é confirmada por meio das dosagens dos hormônios FSH e estradiol. Nos casos de falência prematura, devem-se pesquisar as alterações da glândula tiróide, adrenal, realizar pesquisa de cariótipo e alterações genéticas.


Estas mulheres podem beneficiar-se da fertilização in vitro, com doações de óvulos para engravidar. Quando não desejam a gravidez, a reposição hormonal pelo menos até a idade fisiológica da menopausa (em torno dos 50 anos) está indicada.

Hilton Cardim, ginecologista especialista em reprodução assistida


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