Confira!
São fraturas microscópicas dos ossos, causadas por solicitação excessiva de sua estrutura, ultrapassando a capacidade de deformidade plástica e ocasionando a lesão com processo inflamatório, enfraquecimento, absorção de cálcio e consequente fissura (fratura sem desvio). É frequente nos corredores de longa distância, marchadores, carteiros ou até mesmo em mulheres que apoiam excessivamente a parte anterior dos pés com calçados de salto alto.
Sua localização é mais frequente nos membros inferiores, principalmente nos metatarsos, calcanhares, na tíbia, fíbula e fêmur, variando conforme a atividade física. Surge como um quadro de dor, inchaço, limitação da função e perda de rendimento. Podem ocorrer por um aumento muito rápido de intensidade, volume ou forma de treinamento, ou até por troca de calçados, de local de treinamento, longos períodos em pé, sem obedecer o tempo necessário de recuperação após o esforço.
O tratamento é conservador em sua grande maioria com imobilização funcional e repouso relativo, isto é, afastar-se da atividade que causou a lesão, podendo-se permitir outras atividades que não exijam esforços no segmento afetado. O período de recuperação da lesão pode levar de 2 a 3 meses, mas o retorno às atividades anteriores devem obedecer um critério individualizado, com um calçado adequado , evitando-se as atividades de impacto.
Esportes como ciclismo, natação, remo, e outros sem a sobrecarga do segmento afetado, são permitidos desde o início. Preconiza-se reabilitação visando a manutenção das condições atléticas e exercícios de propriocepção, reforço, alongamento, flexibilidade e a correção do movimento atlético para dissipar os esforços que causaram a lesão.
Orientamos que tenha uma boa alimentar e até consulte um nutricionista quando se tratar de treinamento de alta intensidade. Utilize equipamentos adequados, sobretudo o tênis com boa capacidade de absorção de impactos e adaptados à forma dos seus pés. Durante a atividade física, caso manifeste alguma dor ou edema, interrompa-o imediatamente e se o quadro persistir por alguns dias, procure um médico ortopedista de confiança.
Áureo Shizuto Cinagawa - especialista em Medicina do Esporte e em Ortopedia e Traumatologia (Londrina)