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Como prevenir câncer bucal, desde o diagnosticando ao tratando

09 jun 2017 às 16:19

O sexto câncer mais comum no mundo é o câncer de boca. Ele representando um grande problema de saúde pública, quando não diagnosticado e tratado precocemente apresenta alta morbidade e mortalidade. Ele é representado em 90% pelo carcinoma epidermóide (ou espinocelular) e os outros 10% representados por neoplasias mesenquimais e de glândulas salivares. Acomete principalmente o sexo masculino e idade superior aos 40 anos, podendo acometer pacientes mais jovens também.

De acordo com o cirurgião buco maxilo facial, Bruno Chagas, sua causa é multifatorial, onde múltiplos agentes ou fatores etiológicos atuam conjuntamente na carcinogênese bucal. "Os fatores de risco associados ao aparecimento do câncer bucal incluem agentes extrínsecos como fumo, álcool e radiação ultravioleta; e intrínsecos como estados sistêmicos ou generalizados como desnutrição geral. Alguns alimentos são considerados como agentes protetores, como tomate, cenoura, alface e alimentos que contenham betacaroteno em geral", afirma o especialista.


O carcinoma epidermóide bucal pode apresentar-se de várias formas, a mais comum é de uma lesão ulcerada, bordas elevadas, nítidas e endurecidas, com centro necrosado e base endurecida. As outras formas são representadas por lesão ulcerada superficial, lesões endofíticas (ulcero-infiltrativas, ulcero-destrutivas), lesões endofíticas e lesões nodulares. O especialista ressalta, que "lesões bucais com mais de duas semanas, precisam ser levadas a sério, pois podem não ser uma simples afta", alerta Chagas.


A prevenção deve envolver o diagnóstico precoce, podendo ocorrer por meio de campanhas de rastreamento, auto-exame bucal e controle dos fatores de risco associados ao surgimento e desenvolvimento de câncer bucal. "O auto-exame deve ser realizado por todas as pessoas independente da idade, já que as neoplasias malignas ou benignas podem acometer qualquer idade. O exame é rápido e fácil de ser realizado e auxilia na detecção de qualquer alteração bucal, seja ela patológica ou não".


O tratamento do câncer bucal e o planejamento do mesmo são baseados no tamanho da lesão, condições de saúde do paciente e a classificação TNM. A terapêutica a ser implantada é usualmente excisão cirúrgica, radioterapia e quimioterapia, que podem ser utilizadas concomitantes e/ou associadas. A abordagem cirúrgica inclui a remoção de todo o tecido maligno e normal adjacente. "No planejamento cirúrgico já são incluídas as próteses maxilofaciais intra e extra-orais.

A quimioterapia normalmente não é tida como padrão no tratamento de câncer bucal (carcinoma), mas pode vir a ser utilizada em alguns casos específicos. Os efeitos secundários das terapias supra-citadas na boca são: mucosite tanto para a radioterapia, quanto para a quimioterapia, radiodermite, xerostomia, cárie de radiação e a osteorradionecrose. O tratamento dentário prévio às diversas terapias instituídas visa minimizar os efeitos secundários advindos das mesmas".


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