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Sem 'flerte'

Como o cérebro humano lida com o Tinder?

Redação Bonde
21 dez 2015 às 15:51

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Um estudo feito pela Universidade de Pisa em 1999 descobriu que os níveis do químico "mensageiro cerebral" serotonina em pessoas passando pela fase inicial do amor eram comparáveis aos níveis daqueles que têm transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

E, em 2007, cientistas da Universidade da Basiléia descobriram que esse primeira estágio de paixão é comparável à hipomania - um estado de energia alta, menos inibição e menos necessidade de dormir.

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A professora Bianca Acevedo, pesquisadora da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), diz que há um aumento de dopamina - um químico que transmite sinais para o cérebro - nos estágios iniciais de um relacionamento, o que faz com que as pessoas fiquem animadas.

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Esse sistema de recompensa inconsciente é algo em que as pessoas precisam ser viciadas "pela nossa sobrevivência". "Elas precisam da energia extra para começar um relacionamento e fazer as coisas que são feitas, como ficar acordado a noite inteira e pensar na pessoa o tempo todo quando não está com ela."

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No entanto, isso não garante o fim dos encontros ruins ou resolve o outro dilema dos encontros marcados online, na opinião de Sally: como se livrar de uma pessoa o mais rápido possível mas de forma educada. "Não há nada pior do que sentar lá e dizer 'ah, esse restaurante está acabado porque eu dividi ele com você'."


Como o App funciona?
O Tinder funciona assim: o usuário vê a foto de uma pessoa e, se gostar, desliza a tela para a direita (ou clica duas vezes para indicar que gostou daquela pessoa). Se não, desliza para a esquerda, e essa pessoa desaparece do seu "catálogo" de perfis.

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Fim do romantismo?
O app, que segundo o site The Drum é responsável por 8 bilhões de conexões sobre 196 países, é o mais popular do tipo no mundo. Os usuários arrastam a tela 97,2 mil vezes por minuto e o usuário médio passa 11 minutos por dia olhando perfis de potencias pares (os "matches" do Tinder").


Mas é comum ouvir pessoa lamentando o tipo de comportamento que o Tinder, teoricamente, incentiva. Há notícias sobre o "apocalipse dos encontros" que "mata" ou "varre" o romantismo, enquanto outros denunciam que ele está acabando com a sociedade.

Mulheres jovens reclamam que suas caixas de entradas estão recebendo imagens não solicitadas e não bem-vindas de pênis de estranhos. "É como um catálogo de loja de departamento, com tudo disponível - é o equivalente a ter centenas de homens em pé em um bar te dizendo o quanto gostam de você, mas te dispensando no minuto em que uma mulher mais gostosa aparece", diz Sally.
(com informações do site BBC)


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