A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, que na grande maioria das vezes acomete pessoas acima dos 50 anos de idade, e que não possui causa definida nem cura, apenas o controle dos sintomas.
O sintoma inicial característico é o tremor, que geralmente afeta um dos lados do corpo, e que é mais intenso no repouso, quando o braço está parado.
Posteriormente, o outro lado do corpo também vai sendo afetado aos poucos, e surgem, então, os demais sintomas característicos, que são a lentidão dos movimentos e a rigidez dos membros, dando ao doente um aspecto típico, com a marcha lentificada, passos curtos e o tronco encurvado para a frente. Ocorrem ainda dificuldades na fala, tornando esta monótona, e com dificuldades em realizar mímicas faciais (face ''em máscara'').
Com a evolução da doença, que geralmente envolve vários anos, podem surgir ainda sintomas depressivos e dificuldades na memória, além de riscos elevados de quedas.
Seu tratamento é apenas sintomático, visto que infelizmente até o momento não há cura. Os medicamentos mais utilizados (levodopa, biperideno, pramipexol, amantadina, entacapone) estão disponíveis na rede pública de saúde e de um modo geral apresentam resultados satisfatórios na maioria dos casos.
Vale ressaltar a importância dos cuidados em casa para evitar quedas. A fisioterapia é muito útil para a melhora dos sintomas motores. Alguns casos selecionados, cujos sintomas são incapacitantes e não responsivos aos remédios, podem ser candidatos ao tratamento cirúrgico.
E nunca é demais lembrar: nem todo tremor significa Mal de Parkinson. Existem várias outras doenças e diversos medicamentos que podem resultar em sintomas semelhantes, mas que apenas o médico neurologista poderá diferenciá-los.
Flávio Henrique Bobroff da Rocha, neurologista