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Cesariana é melhor para a saúde do bebê e da mãe?

Sua Saúde - Folha de Londrina
23 jul 2013 às 14:56

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- Divulgação
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Cesariana é um ato cirúrgico que consiste na abertura do abdome e da parede do útero para se retirar o feto ali desenvolvido. Sua história é bem antiga e esse conhecimento chegou até nós pelos relatos da mitologia greco-romana e documentos egípcios, persas e assírios.

As primeiras indicações estavam ligadas a mulheres mortas em estado de gravidez com a intenção clara de salvar o feto que porventura estivesse vivo. Graças a isso, muitas figuras ilustres puderam ver a luz.

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Vêm do período de 1500 a 1600 as primeiras notícias de uma cesariana feita em uma mulher viva como atitude desesperada frente a um trabalho de parto com vários dias de duração sem perspectiva de sucesso.

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Nos séculos seguintes, muitos cientistas se ocuparam no desenvolvimento desta técnica cirúrgica para transformá-la em uma prática mais frequente nas situações de risco materno-fetal.

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A descoberta da anestesia, dos microorganismos e dos antibióticos nos últimos 160 anos reduziu a mortalidade materna decorrente de partos de evolução complicada e deste ato cirúrgico.


Hoje, as técnicas são muito seguras desde que sejam realizadas por profissionais adequadamente capacitados (médicos obstetras) e em estruturas hospitalares.

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Temos que lembrar ainda que estes avanços da medicina em geral e da obstetrícia, em particular, têm permitido que mais gestações de risco se estendam até próximo ao tempo normal de evolução com maiores e melhores condições de sobrevivência da criança.


Dentro desta linha de pensamento, todos os procedimentos que surgiram nos últimos séculos vieram para trazer alternativas a situações onde o parto via vaginal não é possível, com aumento do risco materno-fetal.

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Portanto, não há método ideal; a decisão da melhor via de parto deve levar em consideração as condições da gestante, do feto, da capacitação do médico para um atendimento contínuo da gestante durante o pré-natal e do trabalho de parto, além das condições oferecidas pela estrutura onde vai ocorrer o nascimento (domiciliar, clínicas, casas de parto ou hospitais).


O bom senso é sempre muito importante em todas as áreas do conhecimento humano.

Lisete Benzoni, ginecologista


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