A cafeína é classificada como uma substância estimulante do cérebro, diminui o sono, melhora a velocidade de raciocínio, a memória e diminui o cansaço muscular. No coração atua também como estimulante: aumenta a velocidade dos batimentos e a força da contração.
Em doses inferiores a 200 mg/dia de cafeína não foram descritas alterações que provoquem arritmias cardíacas, infartos ou mesmo elevação do colesterol (um efeito colateral comum em culturas que não filtram o café). Vale lembrar que cada xícara de café expresso de 30 ml (xícara pequena) contém de 20 mg a 80 mg de cafeína (depende da qualidade do café).
Para pacientes com doenças graves do coração, recomenda-se que a ingestão de café seja moderada: uma xícara de café expresso por dia. Para as pessoas normais, o bom senso deve prevalecer e a dose de 200 mg/dia é um bom referencial. A cafeína circula no corpo durante sete horas e depois é eliminada pelo fígado. A dose que apresenta toxicidade grave está em torno de 10 g/dia, portanto, muito acima da dose usualmente consumida.
Níveis de cafeína por volume
- Café expresso (30 ml) - 20 a 80 mg
- Café descafeinado - 1 a 5 mg
- Café preparado por decantação - 40 a 170 mg
- Café preparado por gotejamento - 60 a 180 mg
- Café solúvel - 30 a 120 mg
- Chá preparado - 20 a 110 mg
- Chá instantâneo - 25 a 50 mg
- Chocolate - 2 a 20 mg
- Coca-Cola - 45 mg
- Diet Coke - 45 mg
- Pepsi Cola - 40 mg
- Refrigerantes diversos - 2 a 20 mg
- Medicamentos analgésicos - 30 a 200 mg
- Remédios para resfriados - 30 a 100 mg
(Fonte: www.psiqweb.com.br)
Ricardo José Rodrigues, cardiologista