Com exceção de um risco mínimo de irritação e reação alérgica em algumas pessoas, a utilização de produtos autobronzeadores não representa qualquer perigo para a saúde das pessoas.
Na verdade, estes produtos constituem alternativas eficientes e seguras para substituir o bronzeado obtido pela exposição aos raios ultravioleta do sol e das câmaras de bronzeamento artificial. Ao contrário destas alternativas, estes produtos não causam envelhecimento precoce nem aumentam o risco de câncer da pele.
Os autobronzeadores são elaborados com substâncias químicas especiais chamadas dihidroxiacetona (DHA), que são atóxicas e conferem cor à pele por uma reação química das células mais superficiais da epiderme, sem serem absorvidas pelo organismo.
Atualmente, a coloração obtida com produtos à base de DHA é bastante próxima ao bronzeado natural quando comparada aos produtos mais antigos. Outra vantagem deste processo é que a cor não sai com a transpiração, mergulho ou banho. Após a interrupção da utilização do produto, a perda da cor ocorrerá de forma gradual, por meio da descamação natural das células da pele.
É importante lembrar que estes produtos não proporcionam efeito protetor nem aumentam a resistência da pele ao sol. O fator de proteção solar (FPS) adquirido com o uso de autobronzeadores equivaleria ao uso de um filtro solar com FPS 3.
Portanto, mesmo usando autobronzeadores, as pessoas devem evitar a exposição excessiva ao sol, e sempre utilizar chapéus, óculos escuros e filtros solares com FPS adequado ao seu tipo de pele.
Airton dos Santos Gon, dermatologista