Algumas pessoas, por infecções múltiplas ou fatores genéticos, apresentam amígdalas aumentadas durante os primeiros anos de vida. A partir dos sete anos de idade mais ou menos esta estrutura entra num processo de regressão de volume, nem sempre suficiente para evitar uma cirurgia.
Na vida adulta, então, a amígdala antes aumentada pode apresentar-se com cavidades, como se fossem poros, onde acumulam-se restos alimentares ou de descamação de mucosa (caseo), que uma vez em processo de fermentação pelas enzimas locais adquirem o formato de uma massinha branca de odor às vezes fétido.
Como pode apresentar-se com dor local por compressão, em alguns casos, o paciente até acha que está com uma infecção.
Em caso de dúvida é recomendável procurar um otorrinolaringologista para realizar o diagnóstico correto. O caseo, uma vez firmado o diagnóstico, pode ser reduzido realizando-se gargarejos com a própria pasta de dente. No caso de ser persistente e volumoso, pode ser indicada a exérese das amígdalas para a solução definitiva do problema.
Em alguns serviços que dispõem do laser no hospital, pode ser tentada a cauterização destas cavidades, que é um procedimento de menor proporção e às vezes realizado com anestesia local, a depender do local, tamanho da cavidade e estado geral e de coagulação do paciente.
Mas como o laser é um equipamento caro e que necessita de uma equipe tecnicamente treinada e ambiente preparado para o mesmo, geralmente só é encontrado nos grandes centros para esta finalidade.
Claudia Vaz, otorrinolaringologista