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A postura pode interferir no tratamento ortodôntico?

Saúde - Folha de Londrina
31 mar 2011 às 17:57

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- Reprodução
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Por muitos anos o indivíduo foi visto de uma forma fragmentada, em que se observava uma determinada ''doença'' e se tratava aquele determinado órgão. Hoje sabemos que cada parte do corpo responde de forma global como um sistema único. Essa é a visão holística, que trata o corpo humano com um todo. No caso do tratamento ortodôntico sabemos que não basta corrigir a posição dos dentes para que se restabeleçam as funções adequadas.

As alterações dentárias levam a uma alteração na posição do crânio e consequentemente de outros elementos que interagem entre si formando outros sistemas do corpo humano.

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No tratamento odontológico é restabelecida a posição dos dentes. Já a fonoaudiologia mantém o equilíbrio das funções respiratórias, mastigatórias, da deglutição, da fala, do tônus muscular, na posição da língua no ato de deglutir e na liberação da musculatura orofacial nos casos de dores faciais e ATM. Na fisioterapia será reequilibrada a relação crânio-cervical (posição da cabeça), as cadeias musculares que mantém a postura além do tratamento das articulações desde a cabeça até o sacro (cadeia crânio-sacral), das vértebras durante toda a coluna e do quadril aos pés.

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Qualquer alteração em uma destas áreas irá gerar alteração em todas as outras. Ao mesmo tempo se um destes sistemas não estiver equilibrado o tratamento estará sujeito a recidivas. Portanto, a avaliação da estabilidade postural do paciente é um fator importante no diagnóstico de transtorno crânio-mandibular.


Existe uma relação clara entre coluna cervical, a postura da cabeça, a posição da mandíbula, a posição do tronco e dos pés. Toda essa abordagem é essencial para o tratamento do caso e torna evidente a necessidade de um trabalho coordenado entre dentistas, fonoaudiólogos e fisioterapeutas.

Vanessa Horevicht - fisioterapeuta e Karina Jullienne de O. Souza - fonoaudióloga (Londrina)


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