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A hipnose pode ser aplicada no tratamento de doenças?

20 dez 2012 às 16:11

A prática da hipnose é reconhecida pelos conselhos de Psicologia? A técnica pode tratar doenças como a síndrome do pânico, por exemplo?

A hipnose é uma experiência psicológica que induz o indivíduo ao estado de inconsciência ou transe, podendo ser feita individualmente ou em grupo. O transe é um estado natural, que ocorre quando a atenção de uma pessoa está extremamente focada e livre de distrações. A atenção pode estar focada em algo interno, como um pensamento, ou em algo externo, por exemplo um livro.


A hipnoterapia é uma psicoterapia que utiliza como ferramenta principal a técnica da hipnose. Esta técnica pode tratar fobias, depressão, síndrome do pânico, obesidade, disfunções sexuais, estresse, dificuldades de aprendizado, entre outros distúrbios.


O segredo da hipnoterapia é a utilização dos recursos do próprio paciente em seu benefício. É uma abordagem científica, que depende muito do grau de sensibilidade hipnótica de cada um. Estatisticamente, somente 5% da população não é sensível à técnica.


É importante ressaltar que mesmo com o uso da hipnose é necessário que o paciente esteja consciente das mudanças que este tipo de tratamento vai causar. Além do mais, a hipnose não resolve todos os problemas, é muito importante a força de vontade do paciente.


Em se tratando de síndrome do pânico, é uma técnica aceita e recomendada pelo Conselho Federal de Medicina sob o nome de hipniatria, e pelo Conselho Federal de Psicologia sob o nome de hipnoterapia.


Entre tantas técnicas da psicoterapia, há algumas denominadas de ‘técnicas de estados alterados de consciência’, e a hipnose é uma delas. Apenas a hipnose compreende mais de 140 táticas (entre elas a regressão, que é apenas mais uma tática).


A exemplo de outras técnicas médicas e psicológicas, o resultado com sua aplicação é variável. O tratamento com hipnose normalmente é feito em conjunto com um psiquiatra, pois muitas vezes apenas com a medicação consegue-se um controle para que a hipnoterapia seja feita e obtenha resultados. Em outros casos apenas a terapia é suficiente.

Eliane Marçal, psicóloga clínica e hipnoterapeuta


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