A Pro Teste analisou 12 sopas desidratadas. Foram encontradas alta concentração de sal e glutamatos e uma marca ainda apresentou 22 fragmentos de insetos. O resultado da análise é que se o consumidor tiver tempo disponível para cozinhar, deve preparar a própria sopa. Assim, aproveita melhor os nutrientes dos alimentos, evita o consumo de aditivos, não fica sujeito a microorganismos e ainda pode moderar o sal.
Foram avaliadas as sopas chamadas de "sopão" ou "canjão" dos sabores de carne bovina ou frango, com adição de legumes, arroz ou macarrão das marcas : Arisco, Extra, Jurema, Qualimax, Knorr, Maggi, Extra e Kitano.
Em todas as sopas havia mais de 2 g de sal por porção. O recomendável para viver saudavelmente são 3 gramas de sal por dia. O valor encontrado é muito alto para um prato que é apenas um complemento alimentar.
O glutamato incluído entre os aromatizantes para intensificar o sabor da carne, apesar de permitido pela legislação, é considerado um problema pela Pro Teste. A Maggi sabor carne por exemplo, tinha 32 gramas de glutamato em cada quilo do produto, um valor exageradamente alto. A Knorr carne e a Qualimax galinha continham 31 gramas por quilo. Os números indicam que os fabricantes estão abusando desse aditivo para intensificar o sabor ou mascarar a má qualidade dos ingredientes usados.
22 fragmentos de insetos
Foram detectados insetos em todas as marcas, com exceção da Kitano sabor galinha. Já a kitano sabor carne chegou a ter 22 fragmentos de insetos em um único pacote. A legislação permite a presença de insetos até determinado percentual, mas a presença deles apesar de não fazer mal à saúde não pode ser ignorada, pois indica falta de qualidade. Os fragmentos encontrados foram de carunchos, pragas características de farinhas ou grãos de trigo, arroz, milho e cereais em geral.
Orientação
A Pro Teste orienta que a sopa de pacote deve ser encarada como um complemento alimentar, pois não fornece nem 20% das quilocalorias recomendadas para uma refeição principal. Na análise dos rótulos, nenhuma marca apresentava data de fabricação e, em alguns casos, nem o número de lote. Apesar dessa falha, os testes comprovaram a presença de carne e frango, conforme anunciado nas embalagens. As proteínas analisadas encontravam-se em condições satisfatórias, não apresentando sinal de degradação.
As informações são da Pro Teste - Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.