Saúde & Ambiente

Saúde recolhe caramujos africanos achados na cidade

05 mar 2007 às 17:27

Os moradores de Londrina que estejam enfrentando problemas com a presença do Achatina fulica, nome científico do caramujo africano, podem entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, para pedir a retirada dos moluscos. De acordo com Luiz Alfredo Gonçalves, coordenador de Endemias da secretaria, o pedido pode ser feito pelo telefone gratuito 0800 400 1893, para que a equipe da coordenadoria vá até o local e recolha os animais.

"Este é um trabalho que a secretaria já faz rotineiramente. Recebemos de 8 a 10 pedidos por dia e, dependendo dos casos, chegamos a coletar 30, 40 ou até 50 quilos de caramujos", informou o coordenador. Segundo ele, esta espécie de molusco, foi trazida clandestinamente para o Brasil em 1988, na tentativa de ser comercializado para fins alimentícios. "A espécie não teve aceitação no mercado brasileiro e então os caramujos foram soltos na natureza", contou.


Além de causar incômodos, os caramujos africanos podem provocar males à saúde. Conforme informações da Agência Estadual de Notícias, se o muco liberado pelo molusco for ingerido através de alimentos, especialmente verduras, pode provocar a proliferação de verminoses, com risco de perfuração do intestino. "Até hoje, não houve nenhum caso de contaminação registrado no Brasil. De qualquer maneira, nossa recomendação é que as pessoas que encontrarem o caramujo, não toquem nele com as mãos. Se for recolher, a orientação é que utilizem luva ou, pelo menos, uma sacola plástica", ressaltou Gonçalves.

O coordenador afirmou que, apesar dos casos terem aumentado nos últimos dias no jardim Sabará (região oeste), a secretaria recebe notificações de todas as regiões da cidade. Após o recolhimento dos caramujos, que podem chegar a 15 cm de comprimento de concha, eles são encaminhados até uma empresa particular, que empresta um forno onde os moluscos são incinerados. Os pedidos de retirada dos animais podem ser feitos de segunda à sexta-feira, das 7h30 às 17h30.


Continue lendo