O Ministério da Saúde recebeu nesta segunda-feira (2) o primeiro carregamento da versão genérica do anti-retroviral Efavirenz, usado no tratamento da aids.
Nove toneladas do medicamento em duas versões - 600 miligramas e 200 miligramas - foram compradas pelo governo brasileiro do laboratório Aurobindo, da Índia. Até janeiro do ano que vem, o Brasil vai importar oito lotes, sendo quatro da empresa Ranbaxy, também indiana. As informações são da Agência Brasil.
A compra da versão genérica do Efavirenz foi possível porque em maio de 2007 o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou o licenciamento compulsório do remédio.
Com isso, o preço do comprimido de uso adulto (600 miligramas) caiu de R$ 3 para R$ 1 e o de uso infantil (200 miligramas) baixou de R$ 1,28 para R$ 0,44. A patente do remédio é da empresa Merck Sharp & Dohme, para quem o Brasil pagará uma taxa de royalties de 1,5%.
Com a mudança de fornecedor, o Ministério da Saúde vai economizar R$ 60 milhões no tratamento dos pacientes soropositivos do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Efavirenz é o remédio mais utilizado no país no tratamento da aids. Ele faz parte do coquetel de cerca de 70 mil pessoas portadoras do vírus HIV, ou seja, quase a metade dos pacientes em tratamento. Fazem parte do coquetel 17 remédios, dos quais nove são importados.