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Otimismo

Luta contra o Alzheimer precisa de mais verbas

AFP
16 mai 2007 às 21:02

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Médicos e diretores de laboratórios farmacêuticos nos Estados Unidos estão otimistas sobre o potencial das pesquisas para vencer o mal de Alzheimer, mas pedem uma maior mobilização federal para acelerar os avanços médicos concretos.

"Do ponto de vista terapêutico, é realista pensar que poderemos desacelerar ou deter o avanço da doença", disse nesta terça-feira (15) Paul Aisen, professor de neurologia da Universidade Georgetown, nos Estados Unidos, e especialista em Alzheimer, a uma subcomissão do Senado.

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A medicina calcula que a mutação de pelo menos três genes provoca a superprodução e a agregação da proteína da membrana neuronal no cérebro do doente e o destroem progressivamente. Ainda não existe uma terapia eficaz contra este mecanismo de degeneração cerebral.

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"Temos os instrumentos para desenvolver tratamentos contra isto (...), atualmente há uma quantidade de terapias promissoras na fase de testes clínicos", acrescentou Aisen.

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Robert Essner, presidente do grupo farmacêutico Wyeth, disse à mesma subcomissão que seu laboratório investiu mais de 450 milhões de dólares nos últimos cinco anos na pesquisa de tratamentos contra o Alzheimer, dos quais 12 são objeto de testes clínicos atualmente.


Todas estas moléculas "mostram um potencial para atrasar, deter ou inverter o avanço da doença", assegurou.

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"Fizemos pesquisas muito promissoras para tratar o Alzheimer, bem como outras doenças neurodegenerativas", disse também aos senadores Donald deBrethizy, diretor do laboratório Targacept.


"Estamos suficientemente perto de conseguir implantar medicamentos realmente eficazes para justificar nosso otimismo, mas a questão de saber se serão necessários alguns anos ou 15 anos dependerá do montante dos recursos outorgados", explicou o neurologista da Universidade de Georgetown.

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A Associação americana de Alzheimer, a maior organização privada de combate à doença, pressiona o governo federal para que duplique o orçamento público que foi consumido pela inflação desde 2003, informou à AFP um de seus encarregados, Stephen McConnell.


Projetos de lei apresentados pelos dois partidos nos últimos meses no Congresso respondem a estas expectativas, prevendo uma duplicação do orçamento para a pesquisa sobre o Alzheimer outorgado aos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), para levá-lo a 1,3 bilhão de dólares.

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Um texto dá ainda créditos de impostos para as famílias afetadas e a criação de uma "cúpula nacional" sobre a pesquisa do Alzheimer.


Com o envelhecimento da geração do 'Baby Boom' (nascida imediatamente após a Segunda Guerra Mundial, 1939-1945), o Alzheimer poderia rapidamente se tornar uma epidemia capaz de arruinar os sistemas de seguros de saúde, disse McConnell.

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Estima-se que 500.000 novos casos sejam diagnosticados anualmente nos Estados Unidos a partir de 2011, quando 78 milhões de "babyboomers" atingirão os 65 anos, a idade em que geralmente a doença se manifesta.


Em 2030 poderá haver oito milhões de casos, contra os cinco milhões atuais, se não for aplicado um tratamento eficaz, advertiu.

No mundo, este número poderá passar de 24 milhões atuais para 42 milhões em 2020 e 81 milhões em 2040, segundo estimativas recentes.


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