Saúde & Ambiente

HU do Oeste do Paraná adere à Campanha Nacional

25 set 2007 às 17:32

O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP) realizará de quarta-feira (26) até sábado (29) atividades relativas à Campanha Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos. Haverá palestras sobre o tema, das 9 às 10 horas, das 14 às 15 horas e das 20 às 21 horas, no próprio HUOP, com distribuição de panfletos e orientações sobre o funcionamento da Comissão Hospitalar de Incentivo à Doação de Órgãos e Tecidos.

No último dia de campanha (29), haverá uma concentração durante todo o dia no Centro de Cascavel, promovido pela Comissão Hospitalar, quando serão repassadas à população orientações sobre a doação de órgãos. O objetivo é sensibilizar e conscientizar os funcionários do Hospital sobre a doação e dar informações básicas à população sobre o tema.


A enfermeira Miriam De Bortoli, integrante da Comissão, explicou que o Hospital Universitário não realiza transplantes, mas abre e encaminha os protocolos para a doação. Em setembro foram feitos cinco registros. "Durante a semana faremos as orientações quanto aos tipos de transplantes e o protocolo utilizado na instituição", explica.


Este ano, os baixos índices de doação e captação de órgãos motivaram a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), a realizar uma campanha mais efetiva. Além de alertar a população sobre a importância social do tema, a intenção é elevar o número de doadores. Pelo terceiro ano consecutivo, foi detectada uma considerável diminuição na taxa de doações do país.


A IXª Campanha Nacional de Doações de Órgãos da ABTO, que tem como data oficial o dia 27 de setembro, Dia do Doador, pretende esclarecer as principais dúvidas da sociedade. A falta de informações contribui para confundir a família na hora da decisão. De acordo com a lei, apenas a família pode autorizar a doação dos órgãos do parente que faleceu. Este ano o tema da campanha nacional é "Preserve a Vida, Seja um Doador de Órgãos".


No período de janeiro de 1995 a dezembro de 2004, foram realizados 32.534 transplantes de órgãos e 45.247 transplantes de tecidos. "O importante é que as pessoas saibam que para ser um doador não é preciso nenhum documento oficial, basta comunicar à família em vida a vontade de doar após a morte", esclarece Maria Cristina Ribeiro de Castro, presidente da ABTO.

No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica segue os preceitos internacionais e é regido pela Lei nº 9.434/97 e pela Resolução nº 1.480/97, do Conselho Federal de Medicina. Para o diagnóstico da morte encefálica, devem ser feitas duas avaliações clínicas, com intervalo mínimo de seis horas para pacientes com mais de dois anos de idade, realizados por dois médicos diferentes, sendo uma destas avaliações feita por um especialista em neurologia ou neurocirurgia. Esses médicos não podem fazer parte de equipes de captação e transplante.
Para que haja a doação de órgãos da pessoa com morte encefálica existem etapas a serem seguidas: a identificação de paciente com critérios clínicos de morte encefálica, o diagnóstico da morte encefálica, avaliação clínica e laboratorial, manutenção do potencial doador, e entrevista familiar, com esclarecimento de todo o processo de doação e dos benefícios conseqüentes do ato.


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