Saúde & Ambiente

Exames mostram como está a saúde dos atletas brasileiros

21 jun 2007 às 14:29

Daqui alguns dias, o Rio de Janeiro dará início aos Jogos Pan-americanos de 2007. Serão mais de 5.500 atletas, de 42 países, disputando provas em aproximadamente 44 modalidades diferentes. Visando uma contribuição precisa à saúde dos competidores, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), em conjunto com o Hospital do Coração da Associação do Sanatório Sírio (HCor), patrocinou exames clínicos e laboratoriais em boa parte dos esportistas. As equipes de atletismo, tênis de mesa, boxe, hipismo, judô, entre outras, já passaram pelo crivo médico.

Centenas de atletas já foram examinados. Realizaram exames de sangue, raio-X, eletrocardiograma, ecocardiograma, teste cardiopulmonar, entre outros. Quando necessário, submetem-se também cintilografia, ressonância magnética do coração e holter.


"As avaliações sempre são importantes, mas a preocupação aumentou nos últimos tempos após mortes súbitas de atletas. Problemas cardíacos, descobertos precocemente, são passíveis de tratamento. Após a cura, o individuo pode voltar aos treinos. Por isso, é importante não ignorar as alterações e cuidar preventivamente, para evitar o afastamento total da competição", explica o dr. Nabil Ghorayeb, coordenador da equipe Sport Check-up do HCor.


Os 1ºs resultados são um alerta


De acordo com informações sedidas pela Acontece Comunicação, nos preparativos para os Jogos Pan-americanos já foi possível identificar os cuidados e as falhas dos atletas brasileiros com a própria saúde. Em muitos casos os números são preocupantes. Para ter uma idéia, 2% apresentaram problemas cardíacos – desde arritmia até suspeita de isquemia coronária – e tiveram de ser afastados parcialmente e/ou precisaram de exames complementares para confirmar suspeitas ou não a existência de cardiopatias graves.


Foram diagnosticadas também parasitoses intestinais, ligadas à ingestão de água ou alimentos contaminados, assim como à falta de orientação nutricional, em 6%. No grupo ainda há 7,6% com colesterol alto, 15% pecando nos hábitos alimentares e mais de 40% que nunca fizeram exames clínicos completos. Só 65% apresentaram-se absolutamente saudáveis.


Entre aqueles que foram afastados temporariamente está um jovem de 20 anos, Hilton Silva, do atletismo. Ele treina desde os 14 anos e nunca se submeteu a uma bateria de exames clínicos completa.


Alimentação é preocupante

Especialistas acreditam que um dos problemas mais sérios é a falta de orientação alimentar. Dietas pobres em cálcio e ferro precisam de correções imediatas. Para eles, o ideal é combinar a ingestão de carboidrato, principal fonte de energia, dosando a quantidade de proteínas.


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