O Brasil poderá ter, em 2007, um plano nacional de prevenção ao suicídio. As diretrizes estão sendo discutidas por um grupo de trabalho formado por representantes do governo, organizações civis e universidades. Se aprovado, o país será o primeiro da América Latina a ter uma política de nesse sentido.
De acordo com informações da Agência Brasil, o grupo, foi instituído por meio de portaria assinada pelo então ministro da Saúde, Saraiva Felipe, em dezembro de 2005 . Desde então, o suicídio passou a ser considerado uma questão de saúde pública no país, seguindo a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Uma das diretrizes é sensibilizar a sociedade e mostrar que o suicídio não está limitado ao indivíduo, às famílias ou amigos que enfrentaram a situação: ele afeta a sociedade, o Estado e instituições como escolas, por exemplo. O suicídio envolve questões morais, éticas e até tabus.
Outra estratégia é investir em políticas de cuidados integrados, que incluem a garantia de acesso às diversas modalidades de terapia, a promoção de qualidade de vida e a prevenção de danos.
O plano inclui, ainda, melhorias nos sistemas de informação sobre o suicídio e a promoção do intercâmbio dessas informações. Investir na educação permanente de profissionais da saúde é outra diretriz.
Por fim, o plano recomenda o apoio a estudos e pesquisas que envolvam o tema, bem como a organizações da sociedade que trabalham a questão, como o Centro de Valorização à Vida (CVV), uma das entidades que compõem o grupo de trabalho.