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Ong revela

BR registra um aborto a cada três nascidos vivos

Agência Brasil
28 set 2007 às 18:44
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A cada três crianças nascidas vivas no País, existe um aborto induzido, aponta o estudo Magnitude do Aborto no Brasil, da Organização Não-Governamental Ipas Brasil.

A pesquisa mostra que, embora a incidência do aborto tenha diminuído entre 1992 e 2005, ainda é considerada alta para os padrões de saúde pública. Estima-se que em 2005 foram feitos mais de um milhão de abortos inseguros no País.

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Os dados foram calculados com base no número de internações por aborto registradas pelo Ministério da Saúde e no número de nascimentos estimado pela Taxa Bruta de Natalidade, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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"O aborto é amplamente praticado através de meios inadequados que podem causar danos e provocar a morte da mulher", diz o estudo da Ipas Brasil, divulgado no mês passado.

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Segundo o Ministério da Saúde, esse é o primeiro levantamento feito no país sobre o número de interrupções voluntárias de gravidez de forma ilegal. O Código Penal brasileiro prevê o aborto apenas em duas situações: estupro e riscos à vida da mulher.


O estudo mostra também que o aborto é uma das principais causas da mortalidade materna. E afirma que as regiões que mais sofrem com o problema são o Norte e o Nordeste.

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De acordo com o Ipas, de 2000 a 2004, ocorreram 697 mortes em conseqüência de gravidez que termina em aborto, principalmente de mulheres com idade entre 20 e 29 anos (323 óbitos no período).


Grupos de idade Óbitos por aborto (2000 a 2004)

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10 a 19 anos 119
20 a 29 anos 323
30 a 39 anos 219
40 a 49 anos 36


Total (10 a 49 anos) 697

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Dia pela descriminalização do aborto


A Organização Não-Governamental Ipas Brasil e a Rede Feminista de Mulheres promovem nesta sexta-feira - Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto na América Latina e no Caribe - uma série de eventos para chamar a atenção aos riscos do aborto clandestino.

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Desde o início da semana, estão sendo realizadas atividades nas principais cidades do país, como palestras, panfletagens, apresentações teatrais e de filmes que tratam do assunto.


A campanha do 28 de setembro foi instituída em 1999, após oficina sobre aborto, realizada durante o 5º Encontro Feminista Latino-Americano e Carinbenho, na Argentina. Uma das finalidades é estimular o debate sobre mudanças nas leis que punem a prática.

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No estudo Magnitude do Aborto no Brasil a Ipas recomenda que o aborto deixe de ser tratado na esfera penal no país.


"A criminalização do aborto não reduziu a sua incidência, mas tem contribuído para aumentar a sua prática em condição de risco com impactos graves para a saúde e a vida das mulheres".


De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), 31% das gestações terminam em aborto clandestinos.


Pelos cálculos do Ministério da Saúde, as curetagens pós-aborto, correspondentes aos casos de complicações decorrentes de interrupção de gravidez espontânea ou insegura, resultou 230.523 internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Em 2006, custou aos cofres públicos R$ 33,7 milhões. A estimativa é que apenas 15% das curetagens decorreram de abortos espontâneos.

As internações por abortos feitos por razões médicas e legais custaram menos ao SUS. No ano passado foram 2.068 internações, ao custo de R$ 302,8 mil. O Brasil permite aborto em casos de estupro ou risco à saúde da mulher.


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