Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Resolução do CFM

Atendimento médico online será regulamentado

Agência Estado
04 fev 2019 às 09:00

Compartilhar notícia

- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade


Resolução aprovada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), que deverá ser publicada na próxima semana, permite que profissionais façam consultas, diagnósticos e cirurgias online. A regra, que entra em vigor dentro de três meses, surge no momento em que os governos se deparam com vazios de assistência em regiões distantes do País, provocados pela saída de profissionais cubanos do Mais Médicos.

O relator da resolução no CFM, Aldemir Soares, garante que a publicação da medida neste momento é apenas uma coincidência e há anos as mudanças estão em discussão. Mas afirma que as consultas a distância podem ser úteis para levar assistência nas cidades que não conseguem atrair profissionais. "Isso pode se aplicar nesses casos. Além disso, era uma falácia dizer que habitantes de comunidades distantes eram atendidos o tempo todo. Parte dos profissionais passava apenas um período do mês nessas comunidades."

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


As exigências para consultas a distância em comunidades remotas são mais flexíveis. Nas cidades, a permissão para esse tipo de atendimento vale somente para a segunda consulta. O primeiro contato entre médico e paciente tem de ser feito apenas presencialmente. No caso de comunidades distantes, no entanto, essa exigência não existe. A teleconsulta é permitida já na primeira vez, desde que o paciente esteja acompanhado de outro profissional de saúde.

Leia mais:

Imagem de destaque
Gesto de amor

Banco de sangue do HV da UEL precisa de doadores

Imagem de destaque
Feng Shui

Como criar um ambiente mais saudável para seus filhos

Imagem de destaque
149 casos ativos

Londrina registra 11 casos de Covid-19 neste sábado e nenhum óbito

Imagem de destaque
26 novos casos

Londrina acumula 129.924 casos e 2.485 óbitos pela Covid-19


Quando o Mais Médicos foi implementado, entidades de classe argumentavam que arregimentar profissionais de outros países significaria dar uma saúde de segunda classe para pessoas que vivem em regiões mais distantes. Soares afirma, no entanto, que regras mais flexíveis para moradores de áreas remotas não segue o mesmo raciocínio. Ele sustenta que a norma exige profissionais habilitados e a consulta remota traz a garantia de assistência de qualidade. Além disso, é necessária a existência de uma estrutura de retaguarda, como hospitais próximos.

Publicidade


A consulta a distância somente poderá ser feita com a concordância do paciente. Um termo por escrito, com autorização expressa, tem de ser assinado. A resolução determina ainda que ela não deve ser feita constantemente. A ideia é de que, a cada 120 dias, consultas presenciais sejam realizadas. Imagens e dados devem ser gravados e mantidos sob sigilo pelo médico. "A responsabilidade é do profissional. Fica a cargo dele definir qual a melhor forma de arquivo." De acordo com Soares, as informações devem ser mantidas por 20 anos.


Diagnóstico e triagem

Publicidade


O texto aprovado pelo CFM permite também o diagnóstico a distância. O relator conta que a tecnologia já permite que alguns exames, como os de ouvido e garganta, possam ser feitos pela internet. O telediagnóstico é útil também para que profissionais possam pedir a opinião para colegas sobre determinados casos.


A resolução prevê ainda a teletriagem, quando um médico avalia o paciente e determina qual o tipo de atendimento que ele deve receber. "Isso pode ser muito útil, evita que o paciente, por exemplo, seja encaminhado para uma especialidade que não é tão apropriada para o seu caso."

Publicidade


Planos particulares


Todas as regras estabelecidas na norma se aplicam para a assistência em geral, seja de médicos particulares, que atuam no Sistema Único de Saúde, ou para planos. Soares acredita que, neste primeiro momento, serviços particulares ou ligados a planos de saúde têm mais condições de colocar em prática os serviços remotos, uma vez que nem todas as cidades têm unidades de saúde informatizadas. Mas ele acredita que a perspectiva mude em pouco tempo, com a chegada ao País da quinta geração de rede celular. A expectativa é de que a velocidade de transmissão de dados seja mais rápida e eficiente. "Há todo um movimento para que pontos de assistência do SUS sejam informatizados." O importante, afirma o relator, é que as regras estejam disponíveis quando as condições estiverem disponíveis.


Centros

A resolução do Conselho Federal de Medicina permite também cirurgias a distância. Soares conta que já há no País cerca de 40 centros habilitados para esse tipo de procedimento, em que um médico opera, por meio de um robô, um paciente que pode estar a muitos quilômetros de distância. A norma que deverá ser publicada nesta semana prevê que o procedimento somente poderá ser feito em locais com infraestrutura adequada. E, além do cirurgião remoto, é preciso estar presente, no local onde está um paciente, um cirurgião da mesma especialidade. "Ele pode auxiliar na operação, com manipulação de alguns instrumentos e, caso haja qualquer problema, pode assumir a operação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo