Saúde & Ambiente

A maçã dourada que revolucionou a culinária

02 mai 2006 às 18:40

Não são muitos os que conhecem a história do tomate e suas descobertas. Mas contam os livros que ele foi encontrado pela primeira vez em terras sul-americanas, mais precisamente no Peru e no Equador, durante o período das colonizações. As primeiras espécies trazidas do Novo Mundo eram amarelas, o que lhes rendeu o nome em italiano de ‘pomodoro’ (maçã dourada). Das naus européias para o mundo, os tomates levaram tempo para conquistar a confiança da chamada civilização. Considerado inicialmente venenoso, o tomate caiu nas graças da sociedade européia após ser reinventado pelos italianos, que tiveram a brilhante idéia de transformá-lo em molho para suas massas.

No entanto, levou mais de um século para que o consumo do tomate se firmasse no mundo, embora na Itália ele já fizesse parte das receitas culinárias desde o século 17. Segundo Walter Mancini, proprietário dos restaurantes da Famiglia Mancini, na capital paulista, o uso do tomate tornou-se indispensável. ‘Atualmente não há quem duvide que uma boa massa só é possível com um molho convincente’, aposta.


Além de conceder benefícios ao paladar, já se sabe que o tomate contém elementos que fazem bem à saúde, como vitaminas A e C, ácido fólico, cálcio, frutose, potássio e sais minerais.


Composto basicamente por água, ele também não é um problema para quem está de dieta: são aproximadamente 14 calorias em 100 gramas. Há estudos que ainda comprovam sua eficácia no combate a diversos tipos de câncer.


O licopeno, pigmento que dá cor ao tomate, é considerado eficiente na prevenção do câncer de próstata ao mesmo tempo que fortalece o sistema imunológico.


Uma pesquisa detalhada sobre as propriedades terapêuticas do tomate foi realizada por médicos da Universidade de Harvard (EUA). De 1986 a 1998 foram analisados os hábitos de 50 mil homens. Entre aqueles que consumiram molho de tomate duas vezes por semana, a incidência de câncer foi 23% menor. Os benefícios são maiores se o tomate for cozido e acompanhado de um pouco de azeite.

Nesta receita, de Walter Mancini, o molho à napolitana é preparado com tomates sem pele e sem semente, e extrato de tomate. Vale ressaltar que foram os italianos os responsáveis pelo advento do tomate enlatado, como forma de conservar a hortaliça. Daí surgiram o concentrato (extrato), a polpa (pedaços), a passata (suco espesso) e os pomodori pelati (tomates pelados).


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