O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que tem observado um aumento de casos de Covid-19 num cenário em que a variante ômicron já é prevalente no Brasil.
"Infelizmente, ela [ômicron] já é prevalente aqui no Brasil, nós estamos assistindo o aumento de casos. E como em outros países que tem uma campanha forte como a nossa [de vacinação], a nossa expectativa é que não tenha um impacto em hospitalização e em óbitos", disse a jornalistas nesta terça-feira (11).
No Brasil, o primeiro caso foi anunciado em 30 de novembro. A variante ômicron já representa 92,6% dos testes positivos para detecção de Covid no Brasil, indica levantamento feito por laboratórios.
Leia mais:
Doença do Maguila também pode ser causada por violência doméstica, diz médico
Estudo liga Covid, herpes e outras infecções virais ao risco de demência
Estudo mostra falhas em tratamento tradicional contra drogas
Governo prorroga até março de 2025 isenção de medicamentos importados
A primeira morte causada pela variante ômicron no Brasil foi confirmada no dia 6 de janeiro pela Secretaria de Saúde da cidade de Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiás.
O paciente, de 68 anos, era hipertenso e tinha doença pulmonar obstrutiva crônica. De acordo com a pasta, ele havia recebido três doses de vacina contra a Covid-19: duas no esquema primário e uma de reforço.
O ministro disse ainda que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) podem ser avaliadas para o programa de vacinação, inclusive a Coronavac para crianças caso tenha o aval da agência reguladora.
"O presidente [Jair Bolsonaro] disse que todas as vacinas aprovadas pela Anvisa podem ser consideradas para o Plano Nacional de Operacionalização. Se a Anvisa aprovar, o Ministério da Saúde vai analisar as condições dessa aprovação e, como de costume, liberar esse imunizante para a população brasileira", informou.
Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou, o Ministério da Saúde avalia usar a Coronavac em crianças caso o imunizante seja aprovado pela Anvisa.
Como a vacina é a mesma utilizada em adultos, estados já se planejam para aplicar doses no público infantil. Hoje, há estoques, e o imunizante é apontado por especialistas como boa opção para crianças.
O Instituto Butantan entrou com novo pedido para a aprovação do uso da Coronavac em crianças e adolescentes, de 3 a 17 anos, em 15 de dezembro. O prazo de avaliação da Anvisa ainda não terminou.
No Brasil, apenas a vacina da Pfizer é aprovada pela Anvisa para ser aplicada em crianças de 5 a 11 anos. O Ministério da Saúde irá receber 20 milhões de doses da Pfizer no primeiro trimestre deste ano.
"A primeira remessa chegará dia 13 e será prontamente distribuída aos municípios", disse Queiroga a jornalistas.