Aspectos agronômicos: Planta da família Fabaceae, nativa da Ásia tropical, incluindo subcontinente Indiano. Dispersa pelo Oriente Médio, Norte da África, inicialmente pelos Egípcios e posteriormente pelos Árabes, Gregos e Romanos. Atualmente está distribuída em todas as regiões semi-áridas do mundo (Lal et al, 1997; Mascolo et al, 1998).
Nomes comuns: Sena, senne, tinnevelly senna.
Arbusto perene de clima tropical e subtropical. Não se adapta a regiões de altas temperaturas e elevada umidade relativa do ar (litoral), que provocam a redução do desenvolvimento, ou com geadas freqüentes, que provocam a queima e morte da planta.
Requer solos de fertilidade mediana a alta, com boa drenagem, pH entre 5,0 e 6,0. A adubação nitrogenada, até 60 kg/ha parcelada em quatro vezes (Pareek et al, 1989), promove maior desenvolvimento vegetativo e maior produção foliar (Ilangovan et al, 1989), e pode aumentar o teor de senosídeos, desde que não haja déficit hídrico (Ratnayaka, 1998).
Pouco exigente quanto a irrigação. O estresse hídrico pode favorecer a concentração de glicosídeos antraquinônicos (Ratnayaka et al, 1998). As plantas respondem bem a irrigações periódicas durante a fase de crescimento. Em regiões semi-áridas, o uso de mulching com composto ou palha de gramíneas pode reduzir o consumo de água e aumentar a produção de folhas verdes e o retorno líquido.
Propagação: Por sementes: As sementes podem ser colhidas da parte basal de plantas matrizes (Putievsky, 1993) e colocadas diretamente em copinho ou saquinhos plásticos;
Plantio na sementeira: Transplante com 5 a 10 dias após a germinação. Leva-se para o campo quando as plântulas estiverem com o 3º ao 6º par de folhas.
Época de plantio:De setembro a janeiro. Espaçamento de 30 cm entre plantas x 30 cm entrelinhas para solos de baixa fertilidade ou 30 a 50 cm x 60 cm para solos férteis (Ilangovan et al, 1989).
Porte da planta: Pode atingir de 80 a 110 cm de altura.
Início da colheita cinco meses após o plantio a campo (parcelada) ou na fase de vagens verdes.
Rendimento: 10.000 a 20.000 kg/ha de folhas frescas.
A temperatura de secagem não deve exceder 40 a 60º C.
Obs.: Pode ser hospedeira de Meloidogyne incognita e a M. javanica (Patel et al, 1999); pode ser consorciada com espécies arbóreas, tolerando até 25% de sombra sem prejuízo na produção de folhas ou teores de senosídeos (Vyas et al, 1999).
Usos terapêuticos: Laxativo, carminativo (eliminação de gases).
Princípios ativos: Senosídeos A e B, flavonóides (campferol), mucilagens, óleos essenciais, antraquinonas, glicosídeos, resinas, açúcares redutores, pinitol.
Partes utilizadas: Folhas e vagens.
Formas de uso e dosagem: Infuso das folhas secas: 10 a 20 g/litro de água ou pó das folhas: 1 a 2 g/xícara. Tomar uma xícara ao deitar. Pó: 0,5 a 2 g/dose, tomar ao deitar.
Formas farmacêuticas: Extratos e tinturas.
Tempo de uso: Evitar o uso contínuo e prolongado. Medicação indicada apenas para uso eventual.
Efeitos colaterais: Podem ocorrer cólicas intestinais, vômitos, aumento do fluxo menstrual, principalmente em altas doses.
Contra-indicações:Gravidez, lactação, crianças menores de 12 anos, obstruções intestinais, dores abdominais de causa desconhecida, hemorróidas, doenças inflamatórias abdominais.