Plantas Medicinais

SÁLVIA - Salvia officinalis

01 abr 2006 às 17:28

Aspectos agronômicos:

Planta da família Lamiaceae, nativa da região Mediterrânea da Europa, Norte da África e Oriente próximo. Largamente cultivada em regiões subtemperadas, subtropicais e tropicais de altitude, como Bermudas, Cuba, Jamaica, Guatemala e Costa Rica. Erva perene de clima temperado a subtropical. Tolera baixas temperaturas, mas desenvolve-se melhor entre 20 e 25º C, a pleno sol. Não tolera altas temperaturas associadas a elevada umidade relativa do ar, como nas regiões litorâneas.


Medianamente exigente quanto à irrigação, o ideal é manter o solo próximo a capacidade de campo. Requer solos bem drenados, com fertilidade mediana a alta e bom teor de matéria orgânica, com pH entre 5 e 6,5.


Propaga-se por estaquias ou sementes. Por estaquia, utilizam-se estacas com 10 - 15 cm (obtidas das plantas mais velhas). As estacas devem ser cortadas dos ramos principais. O plantio é realizado em sacos plásticos, de setembro a janeiro, levando-se as mudas para o campo assim que estiverem bem enraizadas. Para a propagação por sementes , estas devem ser adquiridas, pois a sálvia não sementeia em nossas condições. Realiza-se o plantio em sementeira, com terra misturada com areia fina (50%). As mudas devem ser repicadas para saquinho quando tiverem dois pares de folhas definitivas. Deve-se renovar a área de plantio a cada dois anos.


O espaçamento deve ser de 20 X 30 a 20 X 40 cm. Pode atingir até 60 cm de altura.


Início da colheita seis meses após o plantio no campo, coletando-se apenas 50% das folhas ou ramos, para permitir boa recuperação da planta.


Rendimento de 1 a 2 t/ha de folhas secas/ano.


A temperatura de secagem não deve ultrapassar os 50º C.
Usos terapêuticos: digestivo, carminativo, adstringente, anti-séptico, anti-espasmódico, tônico, anti-sudorífico, diurético, emoliente, anti-diarreico, aromático.


Princípios ativos: Óleos essenciais (tuiona, cânfora, cineol, borneol, limoneno, pineno, canfeno, phelandreno), triterpenos (ácido ursólico, oleanóico), glicosídeos (amirinas, betulina), ácido rosmarínico, flavonóides, taninos, substâncias estrogênicas, substância amarga (picrosalvina), ácido clorogênico e labiático, saponinas, resinas e mucilagens.


Partes utilizadas: Folhas e flores.


Formas de uso e dosagem: Uso interno: Infuso - Folhas secas - 20 grs/litro de água - 03 xícaras/dia; pó - 1 a 4 grs até 3x/dia. Formas farmacêuticas: Extratos, tinturas, óleo essencial.


Uso externo: infuso - folhas secas - 30 grs/litro de água. Formas farmacêuticas: loções, xampus, cremes, produtos para higiene bucal, desodorantes.


Tempo de uso: evitar o uso contínuo e prolongado.


Efeitos colaterais: reações epileptiformes, bradicardia, no uso prolongado e em doses excessivas.


Contra indicações: gravidez, lactação, cardiopatas, doenças do sistema nervoso central, crianças menores.


Lembramos, que as informações aqui contidas, terão apenas finalidade informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.

Fonte principal de consulta: ‘Cultivo de plantas aromáticas e medicinais’ - IAPAR - Autor: Eng. Agr. Paulo Guilherme F. Ribeiro; Co-autor: Rui Cépil Diniz (Médico)- Livro em fase de conclusão para publicação.


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