Aspectos agronômicos: Planta da família Piperaceae, nativa das florestas úmidas das Américas, desde o México até o Brasil. Cresce espontaneamente em toda a extensão da mata Atlântica (Morton, 1981). Introduzida e aclimatada no Velho Mundo, África, Malásia e Sudeste Asiático (Morton, 1981).
Nomes comuns: Capeba, caapeba do norte, cata, catajé, malvarisco, manjerioba, aguaxima, caapeba verdadeira.
Arbusto perene, de clima tropical a subtropical. Ocorre naturalmente no sub bosque da Mata Atlântica. Desenvolve-se melhor em temperaturas de 20 a 35º C. Requer solos medianamente férteis, úmidos e com teor médio/alto de matéria orgânica.
Propagação: Estacas com duas a três gemas. As estacas são enterradas em sacos plásticos de agosto a dezembro, sendo levadas para o campo de outubro a fevereiro.
Espaçamento: 0,5 m x 1,0 m.
Porte da planta: Atinge até 1,8 m.
Colheita: A partir dos seis meses do plantio.
Secagem: Em estufas, com temperatura máxima de 45º C.
Usos terapêuticos: Analgésico, diurético, emético, febrífugo, depurativo, emenagogo, antiinflamatório (Dermarchelier et al., 2000), cicatrizante, estimulante, digestivo. Usado pela medicina popular para tratar icterícia, leucorréia, afecções urinárias em geral, furúnculos, queimaduras.
Princípios ativos: Nas raízes encontramos o 4-nerolidylcatechol (Barros et al., 1996), além de outros óleos essenciais, substâncias fenólicas, esteróides, mucilagens.
Partes utilizadas: Folhas e raízes, frescas ou secas.
Formas de uso e dosagem: Uso interno: chá por infusão das folhas ou decocção das raízes - 10 a 30 g/litro de água, três xícaras ao dia; vinho medicinal - 100 g de folhas frescas/litro de vinho seco ou cachaça. Evitar o uso excessivo. Uso externo: banhos ou compressas com o chá ou ainda como cataplasma ou emplastro das folhas frescas.
Tempo de uso: Evitar o uso contínuo e prolongado.
Efeitos colaterais: Aumento do fluxo menstrual, vômitos. Irritação cutânea em pessoas sensíveis.
Contra-indicações: Gravidez e lactação.
Lembramos, que as informações aqui contidas, terão apenas finalidade informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.
Fonte principal de consulta: ''Cultivo de plantas aromáticas e medicinais'' - IAPAR - Autor: Paulo Guilherme F. Ribeiro (Eng. Agr.); Co-autor: Rui Cépil Diniz (médico com especialização em Fitomedicina e Saúde da Família. Tel.(43) 3321-0652, e-mail:[email protected]) - Livro em fase de conclusão para publicação.