Aspectos agronômicos: Planta da família Lamiaceae, nativa da região mediterrânea da Europa, Norte da África e Oriente Médio. Aclimatada na América do Norte e nas regiões áridas da América do Sul (Chile e Argentina). É cultivada extensamente com fins culinários.
Nomes comuns: Orégão, origano, wild majoran, dost.
Erva perene de clima temperado a subtropical semi-árido. Tolera geadas moderadas. Não tolera alta umidade relativa do ar, mas exige bom suprimento hídrico no solo.
Requer solos bem drenados, não sujeitos a encharcamentos periódicos, com fertilidade mediana a alta e bom teor de matéria orgânica. Prefere pH de reação neutra, entre 5 e 6,5.
Propagação: Por sementes ou estaquias.
Sementes: em setembro, semea-se em bandejas ou tubetes com areia ou substrato apropriado para sementes e mantidos sombreados. Repicar para saquinhos quando a planta estiver com 5 a 10 cm. Levar para o campo quando estiverem com 10 a 20 cm. Deve-se manter irrigação frequente até o segundo mês de transplante.
Estacas: devem ser retiradas de plantas adultas em set-out, comprimento de 10 a 15 cm, com folhas e colocadas em sacos plásticos ou copos descartáveis de polietileno. Levar para o local definitivo de dezembro a janeiro.
Espaçamento: De 25 a 30 cm entre plantas x 30 a 50 cm entrelinhas.
Porte da planta: Planta prostrada podendo chegar a 50 cm de altura.
Colheita: O primeiro corte pode ser feito após 4 a 5 meses do plantio no local definitivo, cortando-se os caules entre 5 e 10 cm do nível do solo. Dependendo da adubação e da irrigação pode-se efetuar 3 cortes/ano (Putievisky & David, 1984)..
Secagem: A temperatura máxima deve ficar em torno de 40 a 45º C.
Obs.: Deve-se renovar a área a cada 2 ou 3 anos. Pode ser hospedeira de Meloidogyne arenaria e Meloidogyne javanica (Prosdócimo & Lozano, 1998).
Usos terapêuticos: Aromático, analgésico, antitussígeno, antisséptico, bactericida, antifúngico, diurético leve, digestivo, orexígeno.
Princípios ativos: Óleos essenciais (timol, carvacrol, terpineol), monoterpenos e sesquiterpenos, ácidos fenólicos, flavonóides, taninos, princípios amargos.
Partes utilizadas: Folhas frescas ou secas e sumidades floridas.
Formas de uso e dosagem: Uso interno: Infusão 20 a 40 g/litro de água; tinturas alcoólicas e óleos essenciais.
Uso tópico: Banhos ou cataplasmas, como antisséptico, analgésico e cicatrizante.
Tempo de uso: Evitar o uso contínuo e prolongado.
Efeitos colaterais: Sonolência em altas doses.
Contra-indicações: Gravidez e lactação.
Lembramos, que as informações aqui contidas, terão apenas finalidade informativa, não devendo ser usadas para diagnosticar, tratar ou prevenir qualquer doença, e muito menos substituir os cuidados médicos adequados.
Fonte principal de consulta: ''Cultivo de plantas aromáticas e medicinais'' Iapar Autor: Paulo Guilherme F. Ribeiro (Eng. Agr.); Co-autor: Rui Cépil Diniz médico, com especializações em Fitomedicina e Saúde da Família. Tel: (43) 3321-0652, e-mail: fitoterapia@asms.londrina.pr.gov.br. Livro em fase de conclusão para publicação.