O termo andropausa é um, entre os vários usados, para definir as alterações hormonais que afetam o homem idoso. Outros termos como hipogonadismo, climatério masculino, androstenia, male menopause, senescência, hipoandrogenismo da senectude também são usados, porém nenhum ainda é definitivo universalmente. Dentre eles, os termos Andropausa e Climatério Masculino são usados mais freqüentemente. Contudo, é consenso na comunidade científica que são termos inapropriados e biologicamente incorretos.
As alterações hormonais do homem idoso são melhor definidas como Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (D.A.E.M.), sendo este o termo mais aceito. O decréscimo da produção de testosterona (hormônio masculino) não é um fenômeno isolado, ocorrendo simultaneamente outras importantes alterações fisiológicas.
O aumento da expectativa de vida e a procura de uma longevidade com qualidade tem desencadeado um interesse cada vez maior em identificar e tratar as deficiências hormonais que afetam o homem idoso. O diagnóstico da D.A.E.M. deve estar alicerçado na constatação de níveis laboratoriais de testosterona inferiores à normalidade e à presença de sintomas característicos do problema.
A reposição hormonal masculina, quando indicada, deve seguir parâmetros de modo a respeitar as necessidades biológicas do paciente. É importante ressaltar que a reposição hormonal no homem idoso é um compromisso para a vida toda e mesmo trazendo benefícios, apresenta riscos que obrigam o médico e o paciente a um acompanhamento contínuo.
Mitos e Verdades
- Mito: todo homem terá ‘andropausa’.
- Verdade: estudos mostram que entre 5% e 20% dos homens com idade superior a 50 anos poderão apresentar algum grau de deficiência androgênica.
Nicola Mortati Neto, urologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia