A falta de magnésio acelera o envelhecimento das células humanas, o que pode estar vinculado a um risco maior de doenças ligadas à idade, segundo apontou um estudo divulgado nesta segunda-feira (07) nas Atas da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
O magnésio é essencial para centenas de reações bioquímicas do corpo. Ajuda a manter as funções normais dos músculos e dos nervos e regula o ritmo cardíaco.
No entanto, pesquisas demonstraram que, pelo menos nos Estados Unidos, mais da metade da população carece de magnésio devido a deficiências em sua dieta, o que aumenta potencialmente o risco de sofrer enfermidades cardiovasculares, hipertensão, diabetes, osteoporose e alguns tipos de câncer.
Para tentar compreender por que a deficiência de magnésio predispõe as pessoas a sofrer enfermidades, Bruce Ames e pesquisadores do Children's Hospital Oakland Research Institute na Califórnia estudaram os efeitos a longo prazo de uma deficiência moderada de magnésio em fibroblastos humanos, células que proporcionam um marco estrutural em muitos tecidos do corpo. Cultivaram as células durante toda sua vida útil, um período de três a quatro meses, para imitar os efeitos da falta de magnésio.
Descobriram assim que, apesar das células sobreviverem e se dividirem normalmente em condições de pouco magnésio, pareciam envelhecer mais rápido que as células com concentrações normais de magnésio.
"A deficiência de magnésio afeta a maneira com que envelhecem as células. E o envelhecimento celular acelerado afeta a maneira com que funcionam os tecidos", afirmou David Killilea. "Agora acreditamos que as conseqüências celulares da deficiência de magnésio poderão conduzir a enfermidades crônicas", acrescentou.
Apesar da descoberta, é difícil fazer um diagnóstico e tratamento para a deficiência moderada de magnésio, já que não existe um bom indicador de laboratório sobre essa condição.
Os alimentos ricos em magnésio são os vegetais verdes como espinafre, frutos secos e grãos não-refinados.