Nutrição

Vontade por doces não é apenas tentação, mas também necessidade física

29 set 2015 às 15:24

A vontade de comer doces não é apenas uma tentação: tem uma explicação fisiológica. O açúcar é o alimento dos neurônios, as células cerebrais. E, para se manter vivo, o corpo humano precisa dessa substância.

Após 5 minutos sem glicose, uma pessoa morre. E a fraqueza pode ser um sinal de alerta. Para explicar que o desejo por doces é mais do que gula, mas uma necessidade, o ginecologista José Bento esclareceu dúvidas.


Segundo o médico, 60% da dieta deve ser composta por carboidratos, que podem ser sob a forma de frutas, doces ou pães e massas. A cada década, o metabolismo de cada indivíduo cai cerca de 5%, o que faz com que haja ganho de peso. Por isso, no estúdio, o preparador físico e consultor José Rubens D'Elia passou uma série de exercícios para queimar as calorias adquiridas.


A atividade física melhora o condicionamento das células preguiçosas e acelera a absorção do açúcar. Além disso, quanto menos doce comemos, menos ficamos viciados. Para mudar esse hábito, porém, pode-se levar até três meses. Para se ter uma ideia, uma colher de chá tem quase 100 calorias.


Muitas vezes, a glicose dá uma sensação de prazer e felicidade, além de funcionar como uma defesa contra o estresse. Isso ocorre porque ela mexe com neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, ligados a esses sentimentos. Tanto o açúcar dos doces quanto o dos carboidratos (como massas, pães e biscoitos) tem esse efeito – a diferença é que o primeiro chega à corrente sanguínea muito mais rápido.


Depois do almoço ou jantar, a vontade de comer doces cresce porque os alimentos mais pesados demoram a ser processados, e o corpo continua com fome. A lembrança ou a visualização de algo gostoso aumenta ainda mais esse desejo. Uma dica é ingerir uma fruta pouco antes das refeições.


Quando caem no sangue, os doces produzem um pico de insulina. E logo vem aquela sensação de energia, mas em pouco tempo a fome volta. Nessa hora, se a pessoa não tomar cuidado, pega mais um bombom ou algo do gênero. E é assim que o pâncreas se acostuma a produzir altos níveis de insulina.

A resistência a esse hormônio, no caso de obesos e diabéticos, eleva a vontade por doces porque as células não recebem glicose, que fica retida no sangue, e portanto continuam "famintas". Além disso, no frio, o corpo produz mais calor e gasta mais energia, motivo pelo qual o apetite por doces e gorduras sobe.
(com informações do site G1)


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