A equipe de especialistas da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN), liderada pela nutricionista e presidente Olga Amancio, lançou neste mês uma declaração de posicionamento sobre dieta sem glúten.
O documento afirma que o movimento gluten free – que ganhou força em razão da ampla divulgação pela mídia, pontos de venda, comerciantes e fabricantes de produtos alimentícios, além das muitas outras pessoas que se tornaram "especialistas" em saúde geral e estratégias estéticas – é fundamentado em observações empíricas, estudos incompletos e ou inconclusivos.
Para a SBAN, este padrão alimentar caracterizado pela exclusão do glúten na dieta, só é recomendado como tratamento para a doença celíaca (CD), alergia ou intolerância ao trigo (WA). Além disso, dados epidemiológicos apoiam que os portadores de CD que também estão acima do peso não mostraram emagrecimento sob uma alimentação sem o nutriente.
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A declaração de posicionamento da entidade tem como objetivo informar a sociedade sobre os perigos dos "modismos radicais" e se baseia em análise crítica da literatura e ciência em relação às indicações para retirada do glúten da alimentação. A SBAN também afirma no relatório que não há evidências suficientes que comprovam os benefícios da dieta em indivíduos saudáveis.