Acordar à noite com a sensação horrível de queimação, de que o esôfago está pegando fogo, pode ser sintoma da doença do refluxo. Muitas pessoas acham que se trata de uma doença frequente apenas em bebês, mas todas as pessoas estão sujeitas ao mal estar.
Os alimentos mastigados passam pela faringe e pelo esôfago, um tubo que desce pelo tórax na frente da coluna vertebral, e caem no estômago situado no abdômen. Nessa passagem do esôfago para o estômago, a pressão é bastante forte para impedir a passagem do suco gástrico para o esôfago, pois a mucosa que o reveste não está preparada para receber essa substância irritante.
Quando existe uma fraqueza nessa região ou porque o diafragma (músculo que separa o tórax do abdômen) não consegue conter as estruturas que estão abaixo dele, ou por alterações funcionais do próprio músculo, o estômago sobe e forma uma hérnia chamada hérnia de hiato. Nesse caso, um líquido ácido escapa do estômago, atinge o esôfago e pode alcançar outros órgãos do aparelho digestivo e respiratório.
O percurso do suco gástrico até faringe e a boca, se não feita de maneira correta, pode provocar irritação nas estruturas da cavidade oral. Como a parte superior do aparelho digestivo está em contato íntimo com o aparelho respiratório (a faringe é separada da laringe pela epiglote), o suco gástrico pode alcançar a glote e penetrar na laringe, traquéia, brônquios e nos pulmões e provocar problemas graves no organismo.
Informações publicadas na Folha de Londrina desta quarta-feira.