Extraída do grão de soja, a proteína de soja é bastante utilizada nas dietas vegetarianas e pelos adeptos da alimentação saudável por conta de seu alto valor nutritivo. Pertencente a uma família de leguminosas e assim como a lentilha, a ervilha e o feijão, a soja é uma excelente fonte de potássio, ferro, fósforo, vitaminas do complexo B e cálcio. Com origem no Japão e na China (a palavra "soja" vem do japonês shoyu), ela é considerada uma fonte completa de proteína, contendo quantidades significativas dos aminoácidos essenciais que precisamos fornecer ao organismo por meio da alimentação, por conta da incapacidade do corpo humano de sintetizá-los.
De tão nutritiva, a soja é o único alimento protéico fornecido pelas organizações humanitárias para combater a fome na África. Pessoas com graves quadros de desnutrição conseguem recuperar o peso em semanas por meio de uma alimentação exclusiva com esse alimento.
A nutricionista Alessandra Rocha afirma que a soja é uma excelente fonte protéica. Seu teor médio de proteínas fica por volta dos 40%, enquanto o do arroz é de cerca de 7%, e do feijão, de 20%. "O alimento também oferece gorduras essenciais e fitoestrógenos, como a isoflavona e outros nutrientes nutracêuticos, sendo um dos mais importantes alimentos funcionais que podemos incluir no nosso cardápio", recomenda.
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Com estrutura química semelhante ao hormônio feminino estrógeno, a isoflavona é capaz de aliviar os efeitos da tensão pré-menstrual e da menopausa. Por isso é chamada de "fitoestrógeno", comprovadamente capaz de auxiliar na prevenção do câncer de mama, colo de útero e próstata.
Não há contraindicações para o consumo diário da soja. Porém, a inclusão da proteína de soja na alimentação deve vir acompanhada de um cardápio saudável em geral e da orientação de um médico ou nutricionista para que se evitem equívocos com relação à combinação, quantidade e formas de cozimento, entre outros aspectos importantes.
Mitos
Há certos mitos sobre o consumo de soja, como o de causar enfraquecimento nos ossos. A nutricionista Alessandra Rocha explica que está comprovado que os fatores antinutricionais presentes na soja não prejudicam o organismo, pois durante o cozimento eles são inativados. "Como ela não é servida crua, não há qualquer risco de absorção. Ao contrário, a soja é uma grande alidada contra a osteoporose", ela explica.
Outro mito muito popular é de que a soja não é um alimento completo, como as carnes e derivados de animais, por sua origem vegetal. Vale lembrar que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, o valor biológico dessa proteína é similar às de origem animal. Ela contém todos os aminoácidos essenciais em quantidades suficientes e digestibilidade adequada. "Não se deve consumir um único tipo de proteína diariamente. O ideal é uma variação de tipos para obter maior diversidade e qualidade de nutrientes", Alessandra ensina. "E há diversas formas de preparo e receitas com a soja, do delicioso bolinho de arroz e soja ao rocambole até suflês e sopas mais refinadas. Uma boa ideia é combiná-la com alimentos com propriedades complementares, como espinafre, tomate, coco ou cenoura, para incrementar o sabor e a qualidade nutricional", ela completa.