Os refrigerantes contêm um elevado teor de açúcar, além de grandes quantidades de sódio, corantes, acidulantes, conservantes e ácido fosfórico. O seu consumo pode resultar em retenção hídrica, visível inchaço, comprometimento do trato gastrintestinal, redução da absorção de nutrientes importantes como os minerais, se consumido durante ou próximo a refeições e desconforto gástrico.
A cafeína presente, que por um lado pode ajudar a diminuir a fadiga e tem ação diurética, também pode causar hipertensão e taquicardia quando consumida em altas quantidades. Um estudo longitudinal publicado no periódico científico americano Circulation, que acompanhou nove mil pessoas adultas por 4 anos, concluiu que os indivíduos que consumiam um ou mais refrigerantes por dia tinham 31% mais chances de desenvolver obesidade, risco 25% maior de aumentar triglicerídeos, 32% mais chances de redução do HDL (colesterol bom). Aumento de 48% na prevalência de síndrome metabólica, uma associação de problemas como resistência à insulina, LDL (colesterol ruim) aumentado, hipertensão arterial e aumento de gordura abdominal, além de problemas neurológicos associados à presença de óleo vegetal bromado (BVO).
Devido à grande quantidade de fosfatos podem aumentar as chances de perda mineral óssea acentuada que poderá conduzir à osteopenia e posterior osteoporose em adultos e crianças.
Há um termo usado para descrever as condições dentárias de crianças que usam a bebida em excesso - boca "mountain dew", o que caracteriza os prejuízos que tal ingestão pode causar. As versões light e zero, apesar do teor de açúcar reduzido, ou eliminado (zero), e serem menos calóricas, apresentam uma maior quantidade de sódio, em relação à versão normal.
Sandra Fernandes – nutricionista – Londrina