Nutrição

Não exagere! Páscoa não é sinônimo de 'chocolate livre'

19 mar 2013 às 13:07

No mês que antecede a Páscoa é quase impossível transitar por lojas e supermercados sem esbarrar numa infindável quantidade de ovos e outros produtos de chocolate. Para muita gente, essa é a época do 'chocolate livre', mas espacialistas alertam que não é bem assim. Isso porque a versão tradicional do doce contém cerca de 30% de gordura e 47% de açúcar, combinação que pode interferir no curso de algumas doenças, como diabetes e colesterol alto.

Em contrapartida, o alimento também traz benefícios, sobretudo no caso do tipo amargo, escuro, que tem mais cacau. Se essa é a informação que você sempre quis ler sobre a guloseima, saiba também que 100 gramas dela equivalem a cerca de 500 calorias. Como essas quantidades não são regra, na hora da compra é importante verificar os ingredientes utilizados e os valores da tabela nutricional de cada produto.



O chocolate só tem efeitos positivos para a saúde se a concentração de cacau do produto for superior a 55%


O problema, segundo Sofia Sesti, nutricionista credenciada a Unimed Costa Oeste (UCO), não é o fato de comer o alimento, e sim, o exagero que contribui para os malefícios à saúde. "A principal preocupação deve ser com as crianças, que têm maior dificuldade para saber qual é a hora de parar de comer o produto", explica. "O consumo diário não deve ser superior a 20 ou 20 gramas, o equivalente a uma barra pequena", complementa a nutricionista.


De acordo com o relatório apresentado pela Associação de Cardiologia dos Estados Unidos, o chocolate ajuda a reduzir riscos de ataque cardíaco e diminui a tendência de coagulação das plaquetas e de obstrução dos vasos capilares desde que ingeridos em quantidade limitada. "O chocolate só tem efeitos positivos se a concentração de cacau for acima de 55%, preferencialmente, 70%. Nos casos em que a quantidade é menor, o cacau não se apresenta de forma significativa para beneficiar a saúde", comenta Sofia.


Para as crianças


Neste período, os pais devem ficar atentos quanto ao consumo excessivo por parte das crianças. Uma das dicas é limitar a quantidade diária, estipulando o horário para que ela coma o doce. Optar por presentear os filhos com ovos menores é oura saída. "Se não houver um cuidado, o exagero pode acarretar perigos para a saúde dos pequenos, como diarréias, aumento dos níveis de moléculas de gordura no sangue e excesso de peso", conta Sofia.


Qual comer?

Chocolate meio-amargo ou amargo são os mais recomendados, pois possuem alta concentração de cacau, geralmente acima de 55%. "Se você é um ‘chocólatra’ e não passa um dia sem comer ao menos um pedaço, a regra é quanto mais escuro o chocolate, mais flavonóides ele tem, portanto mais saudável", conclui Sofia.


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