As vitaminas são compostos orgânicos necessários ao crescimento normal e à manutenção da vida, essenciais a bioquímica dos seres vivos. As vitaminas hidrossolúveis (Complexo B e C) são encontradas nas fontes vegetais e não são armazenadas pelo organismo. Suas reservas esgotam-se em poucas semanas, por isso devem ser ingeridas continuamente. O excesso é excretados facilmente pela urina (por isso não são consideradas tóxicas, desde que dentro das RDA's - Recomended Dietary Allowances -, que são determinadas exatamente para prevenir doenças carenciais específicas, sendo diferentes das doses de suplementação nutricional ortomoleculares.)
As vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) são melhores absorvidas na presença de gordura, bílis e sucos pancreáticos e estão presentes em fontes vegetais e animais. São armazenadas pelo organismo por longos períodos, especialmente no fígado, por isso podem causar acúmulo de doses tóxicas quando ingeridas por longos períodos. As patologias clínicas, cirúrgicas, acidentes e/ou traumatismos aumentam as necessidades de todos os nutrientes, dentre as quais as vitaminas.
Deve-se salientar que pode acontecer de uma pessoa estar com determinada patologia em estágio sub-clínico e o uso de vitaminas sem orientação técnica poderá interferir na evolução da mesma (por exemplo, uma pessoa com taxa elevada de Ferritina no sangue, sem sinais clínicos, ao ingerir qualquer multivitamínico que possua ferro em composição poderá desencadear uma alteração funcional hepática).
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Portanto, a suplementação deve ser feita mediante exames para detectar as reais necessidades, sempre com orientação de profissional habilitado, evitando-se excessos ou ingestão sem necessidade.
Gisella Gaspar Valle - nutricionista