A população de idosos no Brasil cresce a cada ano. No país, tem mais de vinte milhões de pessoas já completaram ou passaram de sessenta anos de idade, devendo chegar a trinta milhões em 2020, afirma o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por isso, o governo busca investir intensamente em saúde pública voltada a esse segmento, como campanhas de vacinação antigripe, fornecimento de remédios gratuitos e palestras explicativas acerca da importância de atividades físicas e dietas específicas para a prevenção de doenças.
Dentro desse cenário, especialistas afirmam que a alimentação rica em nutrientes e vitaminas é um dos pontos mais importantes na vida do idoso. Sabe-se que a vitamina D, por exemplo, é importante para a preservação dos ossos, músculos e para o sistema imunológico em geral. A farmacêutica especialista em Nutracêuticos e Nutricosméticos, Karina Ruiz alerta que nos idosos pode haver uma redução de até 75% de vitamina D no organismo, o que representa maior risco de quedas e fraturas.
"Diversos estudos comprovam que a vitamina D é responsável pela produção do cálcio no organismo que, por consequência, proporciona força muscular e melhor saúde aos ossos, evitando, assim, doenças como raquitismo e osteoporose, muito comuns nesse nicho da população. Na sua falta ou insuficiência, o idoso não consegue equilíbrio para caminhar normalmente", afirma.
Karina ainda observa que os benefícios da vitamina D vão muito além do fortalecimento ósseo. Segundo pesquisas, idosos com ausência dessa substância apresentam maior propensão a infecções. Dados epidemiológicos sugerem uma marcante associação entre a deficiência de vitamina D e o aumento da incidência de doenças, como até mesmo alguns tipos de câncer, inclusive o de pele.
Fontes naturais
A deficiência de vitamina D, cuja principal fonte é o sol, também pode ser decorrência de ingestão inadequada de alimentos com essa substância ou até mesmo por desordens hereditárias. Por isso, uma das maneiras mais simples e eficazes para suprir a carência dessa vitamina é investir nos alimentos como peixes (principalmente sardinha e salmão), leite, ovos e iogurtes, além de alimentos fortificados ou suplementos encapsulados, como óleo de fígado de bacalhau e vitaminas sintéticas.
"A dose diária recomendada de vitamina D varia de acordo com a idade e com o local onde se vive. Um adulto precisa consumir, em média, cinco microgramas por dia. Já o idoso, após uma avaliação médica, provavelmente terá que absorver uma quantidade maior", explica.
*Karina Ruiz atua como Consultora Técnica na Área de Farmácia Magistral há mais de nove anos e como professora convidada em cursos de pós-graduação em Farmácia, Cosmetologia e Anti-Aging, Nutrição, Nutrologia, Nutrafarmacologia e Saúde. É palestrante de vídeo-aulas e cursos pela Consulfarma - Assessoria Farmacêutica. É autora do livro Nutracêuticos na Prática - Terapias baseadas em Evidências (2012).