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Dieta sem glúten: necessidade médica ou moda injustificada?

Redação Bonde
28 jul 2015 às 17:06

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- Divulgação
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É assim que você se livra do glúten na sua vida. Primeiro, tire todo os pães, farinhas e cereais matinais de trigo do seu café da manhã. Em seguida, jogue fora todos os potes de manteiga ou geleia que estavam abertos, porque pode haver migalhas de pão ou bolacha neles. Além disso, chame seus amigos para acabar com todas as cervejas que você tenha em casa. Milhões de pessoas estão fazendo isso e muito mais à medida que estão convertendo seus corpos em áreas livres de glúten.

Apenas nos Estados Unidos, cerca de 70 milhões de pessoas – ou 29% da população adulta – garante que está tentando cortar o consumo de glúten, de acordo com um levantamento divulgado pela empresa de pesquisas NDP. Já no Reino Unido, 60% dos adultos já compraram um produto sem glúten, de acordo com dados do site de pesquisas YouGov, e em 10% dos lares há alguém que acredita que glúten faz mal para a saúde.

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Dificuldades para processar o glúten
Volte no tempo 10 mil anos e todo mundo estava numa dieta sem glúten. E então eles começaram a cultivar a terra: uma revolução agrária que deu à nossa espécie tempo livro para construir civilizações e desenvolver cultura e tecnologia. Os seres humanos têm muito a agradecer ao glúten. Ele transforma o pão em um produto mais suave ao fazer com que a massa cresça durante a cocção.

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Mas ele é a única das proteínas que não pode ser decomposta totalmente pelo corpo humano e transformada em aminoácidos. O máximo que conseguimos fazer é dividi-lo em cadeias de ácidos chamados peptídios.Eles normalmente passam pelo corpo da maioria das pessoas. No entanto, os sistemas imunológicos de celíacos (pessoas que sofrem do transtorno) são geneticamente predispostos a vê-los como micróbios invasores.

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Uma guerra começa e há vários efeitos colaterais: uma redução das vilosidades intestinais, dobras que cobrem o intestino delgado e são responsáveis por absorver os nutrientes e levá-los até o fluxo sanguíneo. À medida que se atrofiam, sua superfície diminui e não faz seu trabalho como deveria.


Dieta em moda
A doença celíaca é bem comum. Ela afeta cerca de 1% das pessoas do mundo desenvolvido, de onde se tem dados. Mesmo com essa abrangência, isso não explica a crescente popularidade da dieta sem glúten.

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Segundo a empresa de análise de mercado Mintel, 7% dos adultos britânicos evitam o glúten por conta de alergia ou intolerância (estritamente falando, a doença celíaca não é nem uma coisa nem outra) e mais de 8% o evitam por conta de um "estilo de vida saudável".
A opinião de que o glúten faz mal não apenas para celíacos mas para todo mundo é apoiada por uma corrente de blogueiros, nutricionistas que vendem best sellers e famosos.


Um levantamento da Mintel estima em US$ 9 bilhões o mercado americano de produtos sem glúten. Uma análise nas buscas online nos últimos anos sugere que o aumento do interesse nas dietas sem glúten tem pouco a ver com uma crescente consciência sobre o celíaco e está muito mais relacionado à popularidade de dietas como a "paleo", que busca um retorno à Idade da Pedra no que se refere a hábitos alimentares.


Mas muitos acabaram se interessando pelo conceito de abrir mão do glúten pela simples razão de acreditarem que isso as fará se sentir melhor, pelo que percebi nas conversas com visitantes de uma feira de alimentação em Londres, a Allergy and Free From Exhibition, dedicada a alimentos que causam alergia e dietas alternativas como vegetariana e vegana. Muitos dos 35 mil visitantes buscavam informações ou produtos ligados a dietas particulares específicas.

Mas, como me disse o diretor do evento, Tom Treverton, é cada vez mais comum achar pessoas "que querem cortar algo de sua dieta por outra razão - não porque são alérgicas, mas porque se sentem melhor quando o fazem, e acreditam que isso seja saudável". Médicos especialistas acreditam que é hora de ampliar o espectro do que são considerados problemas causados pelo glúten, que abarcaria desde a doença celíaca como também a sensibilidade à proteína. (com informações da BBC Brasil)


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