A indicação de uma dieta equilibrada é aconselhada para todas as pessoas, já que é um mecanismo natural que auxilia na manutenção da saúde. No entanto, para a mulher, uma alimentação compensada se torna indispensável a partir do momento em que é descoberta a gravidez, para suportar o crescimento da criança de forma saudável.
Segundo Sofia Sesti, nutricionista da Clínica Plena, a mãe deve entender que a alimentação na gravidez não é importante somente para a própria saúde, mas que é essencial também para a do bebê. "Se a gestante está desnutrida, é provável que o bebê também não esteja recebendo os nutrientes necessários no ventre da mãe", observa. "Como consequência, o bebê pode apresentar problemas no crescimento e baixo peso, além de uma queda na imunidade, maior risco para doenças e menor crescimento", complementa.
Gravidez de alto risco
Para Denise Wiggers, médica ginecologista e obstetra da mesma Clínica, uma deficiência alimentar na gestação pode resultar em uma gravidez de alto risco. Ela exemplifica que uma gripe, por exemplo, pode não gerar consequências preocupantes em uma gestante saudável. "Porém, em uma grávida que esteja fraca, com poucos nutrientes que auxiliem na defesa do corpo, esta gripe pode gerar uma doença mais séria", explica Denise. Outro fator destacado pela obstetra é o desenvolvimento da anemia, que não prejudica apenas a criança, mas a saúde da futura mãe também.
Para toda a vida
De acordo com Denise, além de resultar em um parto prematuro, a desnutrição pode causar uma restrição de crescimento tanto durante a gestação como após o nascimento. "Alguns efeitos da desnutrição durante a gestação acompanham a criança durante toda a sua vida. Um bebê desnutrido pode sofrer mais com infecções durante o crescimento e quando adulto", ressalta a nutricionista. Além disso, a dificuldade de aprendizado está ligada aos sintomas de desnutrição, principalmente durante a gravidez e na infância.
Dieta saudável
Sofia explica que na gestação, algumas mulheres têm o apetite alterado, tanto para mais vontade de comer, quanto para menos. O importante, segundo ela, é fazer várias refeições durante o dia, com legumes, verduras e frutas. "A carne magra também deve estar presente na dieta, enquanto as frituras, doces, comidas muito temperadas e o refrigerante devem ser consumidos em pouca ou nenhuma quantidade", recomenda.
A obstetra adverte que para gestantes de alto risco, podem ser necessários cardápios específicos. Denise explica que uma grávida hipertensa, por exemplo, não poderá consumir alimentos com a mesma quantidade de sal, que uma gestante sem este problema ingere. "Este é comumente o item mais difícil de ser seguido, pois a recomendação é de duas a três gramas de sal por dia, o equivalente a uma colher de chá, somando o sal dos alimentos e o utilizado no preparo deles", finaliza. No entanto, apenas o médico de confiança poderá definir qual a melhor dieta a ser seguida, de acordo com cada caso.
Serviço:
Clínica Plena (www.clinicaplena.com.br)