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Novos estudos

Deficiência de ômega-3 pode explicar depressão

Agência Estado/Redação Bonde
02 fev 2011 às 11:32

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Pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (Inserm, na
sigla em francês) e do Instituto Nacional de Pesquisa Agronômica (Inra, também
em francês) e colaboradores espanhóis estudaram ratos alimentados com uma
dieta pobre em ômega-3. Os cientistas descobriram que a redução dos níveis
desses ácidos graxos teve efeitos negativos sobre as funções sinápticas e os
comportamentos emocionais dos roedores. Os detalhes do trabalho estão
disponíveis na versão online da revista Nature Neuroscience.

Nos países industrializados, a alimentação tem sido empobrecida em ácidos
graxos essenciais, como ômega-3 e ômega-6, desde o início do século 20. Esses
ácidos são lipídios "essenciais" porque o organismo não consegue produzi-los.
Assim, devem ser fornecidos por meio dos alimentos, e seu equilíbrio é
fundamental para manter em ordem as funções cerebrais.

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Olivier Manzoni, do Inserm, Sophie Laye, do Inra, e seus coautores levantam a
hipótese de que a desnutrição crônica durante o desenvolvimento intrauterino
pode, na vida adulta, influenciar a atividade sináptica envolvida no
comportamento emocional, desencadeando problemas como depressão e
ansiedade.

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Para comprovar essa teoria, os pesquisadores estudaram ratos alimentados ao
longo da vida com uma dieta desequilibrada em ômega-3 e ômega-6. Os
cientistas descobriram que a deficiência de ômega-3 perturbou a comunicação
neuronal específica, e os receptores de canabinoides, que desempenham um
papel estratégico na neurotransmissão, sofrem uma perda completa de função.

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Essa disfunção neuronal foi acompanhada por comportamentos depressivos
entre os animais desnutridos. Pelo menos duas estruturas envolvidas na
sensação de recompensa (motivação e regulação emocional) foram
prejudicadas: o córtex pré-frontal e o núcleo accumbens. Essas partes do cérebro
contêm um grande número de receptores de canabinoides CB1R e importantes
conexões funcionais entre si.


Na conclusão, os autores dizem que seus resultados constituem os primeiros
componentes biológicos de uma explicação para a correlação entre dietas pobres
em ômega-3 e transtornos de humor como a depressão.

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Ômega-3


O corpo humano não produz o ômega 3 e só obtém este ácido graxo através da
ingestão de alimentos que sejam ricos desta gordura. As melhores fontes são os
peixes. As espécies que possuem maior quantidade de ômega 3 são Atum,
Arenque, Bacalhau, Cavala, Sardinha e Salmão


Além dos peixes, também sõ ricos em ômega-3 a semente de linhaça,
castanhas, nozes, óleos vegetais (azeite, óleo de soja, canola), vegetais de
folhas verdes escuro.

Especialistas recomendam que o peixe seja consumido assado, cozido ou
grelhado e nunca frito. Isto porque a fritura destrói o ômega-3. É recomendado
ainda a ingestão de duas porções de peixe por semana complementado por
outros alimentos que possuem ômega-3.


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