O ditado "Você é o que você come" é verdadeiro. A alimentação é um dos fatores mais
importantes da nossa vida e somos completamente responsáveis por aquilo que ingerimos. Os alimentos também podem auxiliar na prevenção e no auxílio ao tratamento de doenças. E, no caso do câncer, não é diferente.
"Podemos dizer que o plano alimentar tem um papel essencial em todas as fases do tratamento da doença. O cardápio deve ser bem variado e respeitar as tolerâncias do paciente", comenta a professora do curso de Nutrição Edna Shibuya Mizutani. A alimentação pode ajudar na reposição dos nutrientes, evitando a perda brusca de peso, por exemplo, além de proporcionar mais disposição e a melhoria da imunidade.
Durante o período, é muito importante que o paciente redobre os cuidados de higiene ao adquirir e preparar os alimentos, e que evite a ingestão de peixe e mariscos crus, leite não pasteurizado e produtos à base de ovos não cozidos. Estes cuidados ajudam a reduzir a possibilidade de infecção alimentar, mais difícil de ser combatida por consequência da baixa imunidade.
"Os nutrientes presentes nos alimentos são responsáveis por nutrir as células, e, além disso, os compostos chamados de Flavonoides, que estão presentes nas frutas, legumes e verduras, possuem atuação antioxidante e que podem inibir a proliferação das células cancerígenas", ressalta a nutricionista e professora de Educação Física Camila Ribeiro Gomide Queiroz.
A atenção ao preparo é fundamental, porque dependendo do método a ser utilizado, pode haver o aumento da quantidade de substâncias nocivas à saúde. A fritura e a defumação, por exemplo, elevam os níveis de gordura do alimento. As carnes em especial podem ficar mais torradas que o normal e levar a formação daqueles pontos pretos que todo mundo já viu. Porém, esses pontos podem trazer consigo a acroleína, um elemento que pode ser cancerígeno se consumido em excesso.
Então, fica a pergunta. Existe uma alimentação específica recomendada aos pacientes em tratamento contra o câncer?
Vale lembrar que prevenir é sempre melhor que remediar. Uma alimentação variada e equilibrada é vantajosa não só para quem se encontra com a enfermidade, mas também, àqueles que buscam qualidade de vida e de saúde a longo prazo. Obviamente, algumas doenças requerem a manutenção de alguns nutrientes, a qual deverá sempre ser prescrita por um profissional.
Para suprir todas as necessidades do corpo, os alimentos são divididos em três grupos, por cada um desempenhar funções próprias. Conheça cada um deles!
Alimentos construtores
São os alimentos ricos em proteínas. Essa substância garante a formação de músculos, pele e tecidos, além de ajudar no processo de cicatrização e defesa do organismo. Devem estar presentes no prato carnes, ovos, leite e derivados e leguminosas, como feijão, soja, ervilha, lentilha, grão de bico.
Alimentos energéticos
É nesses grupo que encontramos as fontes de carboidratos - açúcar, massas e farinhas em geral - responsáveis por fornecer energia ao organismo para que este execute suas tarefas mais básicas. As gorduras - óleos, margarinas, manteiga, banha, creme de leite - também podem servir como fonte energética, além de assegurar a produção de hormônios e absorção de vitaminas.
Alimentos reguladores
A maioria dos nutrientes considerados imprescindíveis para uma boa saúde - como os sais minerais, vitaminas e fibras - trabalham a favor da formação de ossos e tecidos, crescimento e funcionamento intestinal. É aqui que se pede o consumo de frutas, verduras e legumes, que trazem consigo quantidades ideais não só os elementos já citados, mas também a água. O líquido faz parte do funcionamento de muitas funções, como o transporte e digestão de nutrientes, eliminação de resíduos e regulação da temperatura corporal.
(Com informações de Medicina - Mitos e Verdades)