No inverno, as tardes chuvosas e frias pedem comida prática e gostosa e nada parece mais fácil do que apelar para os pratos feitos no micro-ondas. E uma das campeãs em praticidade é a pipoca: basta colocar o saquinho no forno, esperar três minutos e se deliciar! Mas como tudo na vida, é bom desconfiar do que vem de 'mão beijada'. É logico que toda essa praticidade tem um preço: altas doses de gordura trans. Por isso não abuse!
"Neste tipo de pipoca a gordura trans aparece em doses generosas porque tem a capacidade de afastar a umidade que poderia comprometer os grãos dentro da embalagem", explica Eduardo Sawasaki, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), em entrevista à revista Saúde!.
E tem mais: sabe aquele cheirinho gostoso que sai da pipoca quando você abre o saquinho? Segundo estudiosos norte-americanos, a inalação contínua desse aroma, vindo de uma substância chamada diacetil (um flavorizante que confere sabor e aroma de manteiga ao produto) é capaz de causar danos aos pulmões.
Exageros à parte, é certo que para chegar a esse ponto é preciso inalar muito cheiro de pipoca. Mas fica o alerta: na dúvida, melhor evitar a tal substância.
Levando em conta todas essas informações a conclusão é: mande a preguiça embora e prefira a pipoca feita na panela. Além de mais saudável, ela é bem menos calórica. Basta usar um discreto fio de óleo, que aliás é necessário para que os grãos estourem melhor. Segundo o engenheiro agrônomo Cleso Patto Pacheco, da Embrapa, o óleo que vai na panela ajuda a dissipar o calor, o que garante que a maioria dos grãos irá estourar.
Você pode dispensar o fiozinho de óleo se quiser uma pipoca mais magrinha, mas será inevitável encontrar grãos queimados no fundo da panela.