A ciência vem pesquisando e decifrando quais os alimentos que fazem a diferença na prevenção dos tumores. Conheça algumas recomendações:
1- Brócolis
Brócolis, couve-flor, repolho, acelga, rúcula... Essa família, a das brássicas, é motivo de respeito quando se fala em comida com vocação para afastar tumores. Abordados em mais de uma palestra no Congresso Brasileiro de Nutrição e Câncer/Ganepão, que ocorreu em maio de 2014, esses alimentos são uma senhora fonte de glicosinolatos. Quando tais compostos são cortados e mastigados, há uma reação química que dá origem aos isotiocianatos, substâncias muito estudadas por sua ação anticâncer.
"Elas protegem as células de elementos tóxicos como os poluentes", diz a nutricionista Rita de Cássia Castro, professora da Universidade Potiguar (RN). O mais famoso desse grupo, o sulforafano dos brócolis, ainda atua diretamente sobre o DNA, ativando genes supressores de tumores.
2- Peixe
Não existe um grande evento científico de nutrição que deixe de contemplar o ômega-3, a gordura dos pescados marinhos. Até porque uma de suas propriedades é defender nosso corpo do câncer. Estudos epidemiológicos realizados na Ásia já associam o consumo de peixes ao menor risco de tumores mamários, por exemplo.
Isso porque o mais prestigiado dos ácidos graxos tem um belo efeito anti-inflamatório. "Se o corpo vive em um estado de inflamação crônica, ocorrem agressões às células que podem afetar seu material genético", explica o nutricionista Fábio Gomes, do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Para evitar esse processo que culmina na doença, dedique três refeições da semana a sardinha, cavalinha, salmão entre outros.
3- Grãos
Os grãos, no caso, são de feijão, ervilha, lentilha, soja e até o de bico. Integram a família das leguminosas, um dos melhores redutos de fibra do planeta. Essas substâncias interagem com a flora intestinal e colaboram para a formação do bolo fecal. Assim, nos domínios do intestino, fazem com que compostos tóxicos sejam eliminados antes de agredirem as células.
As vantagens não se restringem à redução no risco do câncer de cólon. Pesquisas já demonstraram uma associação inversa entre a ingestão de fontes fibrosas e a incidência de tumores de mama e pâncreas. Aliás, os grãos escuros, como o feijão-preto, oferecem mais antioxidantes, legítimos zeladores celulares.
4- Uva
É de perder a conta o número de substâncias encontradas nas frutas com capacidade de resguardar as células humanas. E a cada dia um estudo é publicado relatando as propriedades de fitoquímicos e afins. Na feira, porém, merece destaque a uva vermelha.
Experimentos com o suco de uva integral realizados em cobaias pela biomédica Caroline Dani no Centro Universitário Metodista de Porto Alegre (RS) indicam que seus componentes barram inflamações e danos celulares capazes de levar ao câncer. Mas não precisa viver de uva, não. Trate de comer maçãs, laranjas... Até porque uma revisão assinada por estudiosos chineses revela que a ingestão de frutas em geral afugenta tumores gástricos.
5- Alho
O alho encabeça a seleção de alimentos anticâncer escalada pelo famoso oncologista francês David Khayat, do Hospital Pitié-Salpêtrière, em Paris. Segundo o professor, o tempero defende principalmente o esôfago, o estômago, os rins e o intestino. Seu talento? "Ele tem um antioxidante poderoso, a alicina", entrega Khayat.
"Essa substância estimula o sistema imune a detectar e destruir células cancerosas e ainda pode induzir o suicídio dessas unidades defeituosas", explica. Aproveitamos melhor a alicina quando o alho chega ao prato cru, mas a versão cozida ainda agrega pitadas dela.
6- Alimentos Coloridos
É que as cores ajudam a reconhecer uma qualidade dos vegetais: a presença de pigmentos que, dentro do organismo, labutam contra o câncer. Exemplos clássicos são o licopeno do tomate e o betacaroteno da cenoura e da abóbora. Ambos são antioxidantes de primeira, que anulam os radicais livres capazes de danificar o DNA.
E olha que eles se tornam mais operantes após passar pela panela. "Os nutrientes da cenoura, por exemplo, são mais absorvidos pelo corpo depois que ela é cozida", diz o nutrólogo Sidney Federmann, de São Paulo.
(Fonte: www.mdemulher.com.br)