Nutrição

Como funciona a dieta da proteína?

05 set 2013 às 14:22

Quando o assunto é dieta, a das proteínas está em alta! Muita gente acaba trocando a rotina de refeições do dia-a-dia por um cardápio rico em proteínas, que restringe severamente a ingestão de carboidrato, priorizando o consumo de alimentos como carnes, ovos, peixes, bacon e queijos.

Segundo a nutricionista Carolina Mariano, nas primeiras duas semanas de dieta as fontes de carboidratos ficam bem limitadas, sendo liberadas apenas até 20 gramas, o que pode ser obtido apenas com o consumo de vegetais. "Isso desencadeia um processo bioquímico em que o fígado converte gordura corporal em ácidos graxos e corpos cetônicos, substâncias que podem ser usadas pelo corpo como fonte de energia quando falta carboidratos (responsáveis por fornecer energia ao organismo)", explica Carolina. Esse mecanismo, chamado cetose, é essencial para o emagrecimento. Nas semanas seguintes, a dieta permite alguns alimentos, podendo atingir até 40 gramas de carboidratos por dia.


"O principal argumento nesta dieta é de que o corpo está em cetose, a fome simplesmente não existe, o que leva a uma perda de peso rápida. E mais, o organismo sofre adaptações metabólicas, onde passa a usar os corpos cetônicos como fonte de energia, poupando um pouco de glicose para o cérebro, o seu principal dependente. E com alguns dias em cetose o organismo se libera da dependência dos carboidratos e passa a utilizar as gorduras como fonte de energia, o que aumenta a saciedade", complementa a nutricionista.


Como fazer?


É recomendado retirar das refeições todos os alimentos ricos em carboidratos. No café da manhã, por exemplo, fica liberado abusar (a dieta não tem limitações de porções) de queijos, presuntos e ovos. Uma xícara de café com leite também é permitida ou ainda uma xícara de chá. Já no almoço e no jantar ficam liberadas as carnes, ovos, embutidos, bacon, aves, peixe e verduras.


Desvantagens


Segundo a nutricionista, Carolina Mariana, a dieta das proteínas foge demais dos hábitos alimentares da maioria das pessoas e talvez seja por isso que é tão difícil segui-la por muito tempo. "Isso pode resultar em um ganho de peso rápido, ao voltar a comer carboidratos com muita ansiedade. Outra desvantagem é que este cardápio não promove uma reeducação alimentar. Isso não é bom, pois pode levar ao efeito sanfona", explica.


A dieta das proteínas também pode causar problemas de concentração, já que o cérebro não funciona sem glicose e ainda libera gorduras saturadas, que em longo prazo aumentam o colesterol. Além disso, a falta de carboidratos pode provocar tontura, sono, alteração de humor, tremores e propensão a desmaios. A baixa ingestão de fibras leva à prisão de ventre e outras doenças intestinais.

"Vale lembrar que este cardápio não é indicado para gestantes e pessoas com problemas renais, já que na primeira fase a dieta significa um esforço a mais para os rins, que eliminam corpos cetônicos pela urina. Também não deve seguir esse cardápio quem tem ácido úrico elevado. Cada caso é um caso. Recomendamos que antes de começar qualquer dieta a pessoa procure um nutricionista para a melhor orientação nutricional", finaliza Carolina.


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