Segunda doença crônica mais frequente na infância – a asma é a primeira – , o diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune. Ela ocorre quando as células do pâncreas se autodestroem e deixam de produzir insulina em quantidade suficiente. Isso acarreta um acúmulo de glicose no sangue, o que caracteriza a hiperglicemia, que causa diversas complicação para o organismo. Por isso, o diabetes exige acompanhamento e
monitoramento constantes.
Na infância e adolescência, tanto a família como médicos e nutricionistas devem se envolver e ajudar a criança ou jovem a compreender e lidar com esta doença. A finalidade é que ela leve uma vida normal, o mais próxima possível à de uma criança não-diabética. Segundo a Associação Nacional de Assistência ao Diabético (ANAD), o DM1 na infância e juventude atinge, aproximadamente, 5% do total de pessoas com diabetes.
A medição e o controle dos níveis de glicose, a insulinização e um plano alimentar e de exercícios são as bases do tratamento do DM1. Soma-se a isso a importância de acompanhamento psicológico e da proximidade dos pais para conversar com os pequenos a respeito da doença, sempre buscando criar um ambiente saudável em todos os aspectos, inclusive o emocional.
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No que diz respeito à alimentação, Alessandra Rocha, nutricionista da farmácia
on-line Desejo Saúde afirma: "A alimentação para uma criança diabética deve levar em conta que ela está em processo de desenvolvimento, com necessidades nutricionais específicas. Além de promover o crescimento com saúde, a alimentação deve ter como objetivo evitar descompensações como a hipoglicemia (diminuição do nível de glicose no
sangue)".
Deve-se ter tato ao conversar com uma criança sobre o que ela pode ou não comer. "O ideal não é focar em mensagens negativas, como: não coma isso! Não coma aquilo! O melhor é levar a criança ao pediatra e nutricionista, preparar a lista de substituições de alimentos junto com ela, ou seja, a partir de uma certa idade ela precisa saber o que ela pode ou não consumir par a que o diabetes não fique descontrolado. A orientação médica e, se necessário, psicológica, é fundamental.
Segundo Alessandra, o ideal é que essas trocas – ou substituições – sejam feitas entre alimentos do mesmo grupo. "Por exemplo, o pão pode ser substituído pelo macarrão, a batata pelo arroz, e assim por diante. Estar atento à quantidade de carboidratos que se consome é primordial para controlar a glicemia. É através da contagem dos carboidratos que se sabe quantas gramas poderá comer ou não de determinado alimento, assim como a quantidade de insulina a ser aplicada antes de cada refeição", alerta a nutricionista.
Um plano alimentar adequado deve evitar os açúcares refinados e buscar uma alimentação equilibrada do ponto de vista de carboidratos (50 a 60%), proteínas (15%) e gorduras (30%), além de fibras. "Este tipo de alimentação é saudável e deveria ser adotada por todas as crianças, sejam elas diabéticas ou não", recomenda. "Cuidar devidamente da alimentação ajuda a evitar, tanto no presente como no futuro, as complicações do diabetes", diz.
O monitor de glicose passa a ser um item indispensável, principalmente nas festas de aniversário. É aqui que as crianças se esquecem de comer e preferem brincar. Por isso, é comum que ocorram episódios de hipoglicemias, durante ou até horas depois da festa acabar. Nestes momentos, o monitor de glicose deve estar à mão.
O portal da farmácia Desejo Saúde traz informações sobre como controlar o diabetes, além de dicas sobre suplementação, dietas, exercícios físicos, dicas de nutrição e bem estar.
Serviço:
www.desejosaude.com.br