Suplementação sem acompanhamento é perigosa
Quem precisa se alimentar na rua deve estar atento a alguns aspectos, como verificar se o estabelecimento tem licença sanitária, emitida pela Secretaria Municipal de Saúde, que deve ficar em local visível; se os funcionários estão de uniforme limpo, unhas cortadas, proteção nos cabelos e sapatos fechados. No caso de restaurante com buffet, observe se a comida está bem quente e se o local das saladas é bem refrigerado.
A nutricionista Alessandra Veggi e a médica veterinária Cristiane Miranda, pesquisadoras visitantes da Fiocruz e integrantes do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição, destacam a importância do cuidado com alimentos como frutas, verduras e legumes, que devem ser corretamente higienizados. Segundo elas, os produtos de origem animal devem ter selos de inspeção para serem comercializados como matéria-prima em tais estabelecimentos, garantindo não serem produtos clandestinos.
"Existe risco para verduras e para os demais alimentos, se não forem manipulados de forma correta. O treinamento constante de funcionários é um dos pontos essenciais que contribuem para uma alimentação segura", afirma Cristiane Miranda.
De olho nos carrinhos
Antes de cair na tentação de fazer um lanche no comércio ambulante, verifique as condições de higiene do local. As pesquisadoras alertam que na maioria das vezes nessas carrocinhas não há local apropriado com água limpa para lavagem de mãos. "Além disso, em geral observamos que a mesma pessoa que vende o alimento manipula o dinheiro. Então, perguntamos: já que as mãos são um dos principais veículos de contaminação dos alimentos, onde as pessoas vão lavá-las? Esse mesmo tipo de reflexão se aplica aos salgadinhos, sanduíches e alimentos que compramos no comércio ambulante, na praia e em outros locais públicos", diz Alessandra Veggi.