A ciência já constatou a importância de elevar o HDL, ou o chamado "bom" colesterol, e diminuir o LDL, ou colesterol "ruim", para evitar doenças do coração. Entretanto, um novo estudo, da Universidade de Rochester, Estados Unidos, mostra que, para um determinado grupo de pacientes, nem sempre ter taxas altas de HDL é positivo.
A pesquisa é o primeiro a descobrir que um elevado nível de colesterol bom supostamente coloca um subgrupo de pacientes de alto risco com maiores chances para eventos coronarianos recorrentes, como dores no peito e ataques cardíacos, muita vezes seguidos de morte. Os resultados foram publicados no jornal Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology, do American Heart Association. Ao avaliar 767 pacientes não-diabéticos que tiveram pelo menos um ataque cardíaco, os pesquisadores identificaram indivíduos com alto risco para eventos coronarianos.
Cerca de 20% da população total do estudo no subgrupo tinha risco elevado. Os pacientes do subgrupo de alto risco foram caracterizados como tendo altos níveis de proteína C-reativa (CRP), além do colesterol HDL elevado. Nesse subgrupo de alto risco, os pesquisadores também identificaram dois fatores genéticos associados com eventos coronarianos recorrentes. "Nossa pesquisa é orientada para podermos melhor identificar pacientes com alto risco", disse James Corsetti, um dos pesquisadores do estudo. "A identificação desses pacientes pode ser útil na escolha de tratamentos adaptados às necessidades específicas de cada um. Isso nos leva um passo mais perto de alcançar o objetivo da medicina personalizada".
Com a exceção desses pacientes sem o risco, sabe-se até hoje que o colesterol desempenha um papel importante no organismo, já que participa da produção dos hormônios sexuais e das glândulas supra-renais. Além dessas funções, o colesterol ajuda na formação da membrana celular e da bílis (substância produzida pelo fígado, fundamental para a digestão das gorduras).
O problema dessa gordura está relacionado ao seu excesso. " quantidade de ingestão diária não deve ultrapassar 300mg", explica" a nutricionista Roberta Stella. A razão disso é que, para ser transportado pelo corpo, o colesterol conta com a ajuda de uma proteína chamada LDL. No vai-e-vem, a proteína acaba deixando rastros da gordura pelo caminho, formando as placas prejudiciais à saúde. Para ajudar a recolher os restos deixados pela LDL, o organismo conta com a participação da proteína HDL. Também ajudante no transporte do colesterol pelo corpo, ela entra em ação como uma espécie de faxineira varrendo todos os rastros nocivos. Por isso, é importante que as taxas de HDL sempre estejam acima das de LDL. (Fonte: Minha Vida, Saúde Alimentação e Bem-estar)